Segundo o ministro, o novo acordo vai beneficiar as exportações brasileiras porque melhora as condições de acesso do Brasil ao mercado colombiano
Publicado em 24/7/2017 - 00:00
Mendoza (Argentina) – O ministro da Indústria, Comércio exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB) e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira assinaram, na última sexta-feira (21), em Mendoza, na Argentina, pelo governo brasileiro, o Acordo de Complementação Econômica (ACE) entre o Mercosul e a Colômbia. O ACE, firmado ao amparo da Associação Latina Americana de Integração (Aladi), aprofunda as relações comerciais entre os países signatários.
Segundo Marcos Pereira, o novo acordo vai beneficiar as exportações brasileiras porque melhora as condições de acesso do Brasil ao mercado colombiano principalmente para produtos automotivos, têxteis e siderúrgicos. “É importante dizer que o acordo assinado hoje (21) também amplia a possibilidade de negociação para novas áreas, abrindo uma janela para a facilitação de comércio e medidas não tarifárias”, acrescentou.
O novo acordo consolida o acesso preferencial previsto no Acordo de Complementação Econômica nº 59 e as iniciativas negociadas entre a partes ao amparo do atual acordo e que ainda não haviam sido referendadas. Assim, o novo instrumento ampliará as preferências pactuadas nos setores têxteis e siderúrgicos, permitindo a desgravação total das alíquotas do Imposto de Importação aplicadas a esses segmentos e possibilitará, em breve, a entrada em vigor do acordo automotivo assinado entre o Brasil e a Colômbia em 2015. O acordo automotivo, além de zerar alíquotas de importação, prevê a concessão de 100% de preferência para veículos dos dois países, com cotas anuais crescentes. No primeiro ano, serão 12 mil unidades, no segundo, 25 mil, e a partir do terceiro, 50 mil unidades.
Para o ministro Marcos Pereira o acordo automotivo com a Colômbia é de grande importância para a indústria brasileira. “A Colômbia é um excelente mercado para os veículos fabricados no Brasil, devido à proximidade geográfica. Todas as empresas instaladas no Brasil, que possui a maior indústria automotiva da América do Sul e uma das maiores do mundo, vão ser beneficiadas com o acordo com a Colômbia”, declarou.
O ministro disse ainda que o novo acordo também proporcionará maior agilidade nas tomadas de decisão e vai colaborar para criação de um novo cenário para as relações econômicas e comerciais na região latino-americana.
Intercâmbio Comercial
Em 2016, as exportações brasileiras para a Colômbia cresceram 5,7% em relação ao ano anterior, passando de US$ 2,115 bilhões para US$ 2,235 bilhões. No mesmo período, as importações brasileiras da Colômbia diminuíram 23,7% em relação ao ano anterior. Assim, a balança comercial com a Colômbia resultou em superávit de US$ 1,327 bilhões para o Brasil em 2016. No ano anterior, houve superávit de US$ 926 milhões.
No ano passado, a pauta de exportações brasileiras à Colômbia foi formada, principalmente, por produtos manufaturados (88%). Os principais produtos brasileiros exportados para a Colômbia em 2016 foram: automóveis de passageiros (5,5%); óleos brutos de petróleo (5,5%); polímeros de etileno, propileno e estireno (4,9%); pneumáticos (4,5%); preparações para elaboração de bebidas (3,6%); produtos laminados planos de ferro ou aços (3,5%); veículos de carga (2,7%); medicamentos para medicina humana e veterinária (2,7%); partes e peças para veículos automóveis e tratores (2,3%); motores para veículos automóveis e suas partes (2,1%). Os principais produtos importados pelo Brasil da Colômbia em 2016 foram: hulhas (32%); policloreto de vinila (pvc) (13,3%); polímeros de etileno, propileno e estireno (10,4%); coques e semicoques de hulha,de linhita ou de turfa,etc (10,1%); inseticidas, formicidas, herbicidas e produtos semelhantes (6,5%)
Em 2016, 3.659 empresas brasileiras realizaram exportações à Colômbia , crescimento de 6,6% em relação a 2015 (3.434 empresas). Nas importações também houve crescimento. O número de empresas brasileiras que compraram produtos de empresas colombianas aumentou 2,4% em 2016, passando de 669 para 685 empresas importadoras.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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