José de Arimateia promove audiência sobre acesso a medicamentos na Bahia

Deputado destaca que a população baiana passa por necessidades severas em decorrência da falta de investimento em pesquisas e de um planejamento logístico 

Publicado em 11/9/2017 - 00:00

Deputado destaca que a população baiana passa por necessidades severas em decorrência da falta de investimento em pesquisas e de um planejamento logístico 

Salvador (BA) – Por iniciativa do deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA), a Assembleia Legislativa da Bahia promoveu na última semana uma audiência pública pelo Dia Nacional de Luta por Medicamentos.

O republicano é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins e destaca que no Brasil, ainda é crescente a quantidade de pessoas que diariamente sofrem com o acesso a tratamentos e medicações essenciais para a inibição de diversas doenças.

Em seu pronunciamento, Arimateia classificou como um dos agravantes a deficiência de dados epidemiológicos, que gera como consequência, a judicialização para o alcance de medicamentos de alto custo, acarretando danos, especialmente financeiros ao Sistema Único de Saúde (SUS). “O setor da saúde vem sofrendo e tem feito a população baiana passar por necessidades severas em decorrência da falta de investimento em pesquisas e de um planejamento logístico e de recursos”, opinou, cobrando explicações das autoridades responsáveis e também aos especialistas presentes.

A doutora em saúde pública, farmacêutica e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Giselia Santana Souza, realizou uma apresentação minuciosa, com um histórico de introdução dos medicamentos no SUS e os desafios da manutenção com o crescimento populacional. Segundo ela, o Brasil tem uma forte dependência com outros países em fabricação, pesquisa e desenvolvimento, e lamentou, pois ainda não existe um projeto nacional para atingir progressos nesse setor específico. “A assistência farmacêutica só poderá acontecer de forma exitosa quando for efetivamente olhada, pensada e estruturada”, disse, ressaltando que a China e a Índia são grandes portadores do genérico na atualidade.

Para a diretora da Departamento de Assistência Farmacêutica (DASF) da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Daniela Nunes Vitor, existe uma redução considerável da população economicamente ativa, ou seja, mais pessoas idosas e menos indivíduos nascendo. “O processo de envelhecimento está acontecendo de forma acelerada no Brasil. Essa mudança da pirâmide demográfica no Brasil aumenta a demanda de medicamentos para tratamento de doenças crônicas”, disse, enfatizando que o governo federal gastou R$ 1,2 bilhões em saúde e a Sesab R$ 37,5 bilhões, ambos no ano de 2016.

Compuseram a mesa do debate, o superintendente da Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia em Saúde (SAFTEC), Luís Cláudio Guimarães, que representou o secretário Estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, o coordenador da Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Bruno Viriato, representando o secretário de Saúde do Município, José Antônio Rodrigues Alves, além da farmacêutica Solange Oliveira Santana, que esteve representando o Conselho Regional de Farmácia e o Hospital Juliano Moreira.

Texto: Ludmilla Cohim / Ascom – deputado estadual José de Arimateia
Fotos: Cedidas

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