George Hilton participa de lançamento da Tocha Olímpica Rio 2016

Na cerimônia, o ministro disse que hoje que o Governo Federal executa o maior projeto esportivo da história do Brasil

Publicado em 6/7/2015 - 00:00

George Hilton participa de lançamento da Tocha Olímpica Rio 2016
Na cerimônia, George Hilton disse que hoje que o Governo Federal executa o maior projeto esportivo da história do Brasil.

 

Brasília (DF) – Antes de acender a pira na cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, dia 5 de agosto do ano que vem, a tocha olímpica visitará cerca de 300 cidades em todas as regiões do Brasil. Apresentado na última sexta-feira (3) em Brasília, durante cerimônia que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff, do ministro do Esporte, George Hilton (PRB), e do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o principal símbolo das Olimpíadas seguirá um roteiro que vai durar entre 90 e 100 dias e percorrer aproximadamente 20 mil quilômetros.

A jornada começa em maio de 2016, na Grécia, onde a tocha será acesa em Olímpia, cidade-berço dos Jogos Olímpicos. De lá, passará por cidades gregas durante uma semana até chegar à capital Atenas, quando então segue direto para o Brasil de avião.

“A tocha é muito bonita, fantástica. Essa tocha olímpica vai circular pelo Brasil e vai ser empunhada por homens, mulheres, jovens e crianças do nosso povo. Ela vai ser sentida em vários municípios, desde a distante Amazônia, passando pelo Centro-Oeste, até São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, enfim, no Brasil de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Milhares de pessoas vão participar e milhões vão assistir essa capacidade de cooperar. Vamos fazer uma operação grandiosa, que vai permitir que cada um se sinta partícipe desse processo”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff.

Durante a rota do revezamento no Brasil, a tocha será carregada por cerca de 12 mil condutores, além de voar 10 mil milhas pelo país. O símbolo olímpico vai passar por 83 municípios escolhidos como “cidade celebração”: em cada um desses locais, haverá um grande evento, que inclui show musical nacional e outras atrações. Todas as 27 capitais dos estados e do Distrito Federal estão incluídas na lista.

“Mesmo quando os Jogos se forem, o fogo olímpico vai continuar ardendo no Brasil, porque o governo trabalha pela construção do Sistema Nacional do Esporte, que chegará ao Congresso dentro de dois meses e, uma vez tornado lei, elevará nosso esporte muitos patamares acima do que se encontra hoje. O governo também desenvolve nesse momento o programa dos Centros de Iniciação ao Esporte, voltado para o início da prática esportiva. Eles estão espalhados em todas as regiões, em mais de 260 municípios brasileiros. Quero dizer hoje que o Governo Federal executa o maior projeto esportivo da história do Brasil exatamente para manter aceso esse fogo, cujo simbolismo celebramos aqui”, lembrou o ministro do Esporte, George Hilton.

O revezamento será feito, além dos carregadores, por um comboio de veículos, que deve passar por cerca de 500 cidades: 300 receberão o revezamento propriamente dito e outras 200 assistirão à passagem do comboio com a chama exposta. A lista completa do trajeto será divulgada no início de 2016.

Planejado como um evento para promover a celebração do espírito olímpico de Norte a Sul do país, o revezamento ganhou uma marca que faz referência ao design da própria tocha olímpica e foi escolhido em um concurso nacional. As cores quentes remetem à chama e ao calor humano dos brasileiros. Essa identificação visual também vai fazer parte da decoração das cidades que vão receber a tocha.

O circuito foi definido levando em conta critérios logísticos, turísticos e culturais. Além de envolver o povo brasileiro no aquecimento para os Jogos Olímpicos de 2016, a ideia do revezamento é contar histórias de todos os lugares do Brasil e servir como um legado de inspiração para as gerações futuras.

Para o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o revezamento da tocha é fundamental para unir o povo brasileiro e mostrar que os Jogos não são apenas do Rio de Janeiro. “Eu acredito que a tocha traz para a população brasileira a integração. Eu acho que isso é o mais importante, integrar o povo brasileiro aos Jogos. Os Jogos são no Rio, o Rio está trabalhando incansavelmente, está se transformando, é um exemplo, mas os Jogos são do Brasil e a população brasileira vai participar. Hoje a festa é da tocha e essa tocha é o momento da emoção, das lágrimas e da comemoração por todo o país. Essa união de esforços é o maior legado que os Jogos vão deixar para o Rio e para o nosso país”, afirmou.

Emoção

O evento de apresentação da tocha, no Auditório da Fundação Habitacional do Exército, em Brasília, também contou com a participação dos medalhistas olímpicos Torben Grael, Isabel Swan (da vela), Bernard, Leila e Paulão (do vôlei). Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, Bernard Rajzman, hoje membro do Comitê Olímpico Internacional, carregou a tocha em 2004, no Rio de Janeiro, antes das Olimpíadas de Atenas, e ainda hoje lembra da emoção que sentiu no momento.

“É um espetáculo. É uma emoção que eu comparo a representar o país como atleta numa Olimpíada. Você conduzir a tocha, saber que o fogo da tocha olímpica que vai acender no início da Olimpíada a grande pira, que simboliza a união entre os povos, a paz, o olimpismo e seus valores, isso é único e fica registrado para o resto da vida de qualquer um que a conduz”, lembrou Bernard.

O design da tocha

tocha-olimpica-imagem-ministerio-do-esporte-03-07-15O espírito Olímpico está simbolizado na malha triangular da textura, aludindo aos três Valores Olímpicos de excelência, amizade e respeito, e no efeito de flutuação dos seus segmentos, que traduzem o esforço dos atletas. A tocha foi produzida com alumínio reciclado, resina e acabamento acetinado, pesa entre 1kg e 1,5kg e mede 63,5cm de altura quando fechada, e 69cm quando aberta.

Em um dos principais atributos de inovação da Tocha Olímpica Rio 2016, esses segmentos se movimentam, se abrindo e se projetando para cima, preparando a Tocha para o beijo – o momento em que a chama Olímpica é transmitida de um condutor da tocha para outro.

Ao se abrirem, os segmentos revelam elementos de brasilidade: diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante, com o solo, o mar, as montanhas, o céu e o sol representados nas cores da bandeira do Brasil e também presentes na linguagem visual dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Escolhida após um concurso nacional de seleção que reuniu 76 inscritos, a agência de design Chelles & Hayashi, de São Paulo, ficou responsável pelo desenvolvimento do projeto e pelo desenho da tocha. Uma comissão julgadora multidisciplinar formada por 11 membros reconhecidos por sua experiência na criação de produtos ou por seu destaque no Movimento Olímpico escolheu o projeto vencedor.

“O nosso desafio era desenvolver uma tocha que entrasse para a história dos Jogos Olímpicos. E ela é uma brasileira de alma carioca, que vai promover o encontro inédito do calor da chama olímpica com o calor do povo brasileiro”, disse Beth Lula, diretora de marcas do Comitê Rio 2016. “A diversidade harmônica fala de cooperação, respeito às diferenças e objetivo comum pelo esporte. Usamos as cores que representam o chão da nossa terra, nossas águas, nossas montanhas e campos cobertos de verde e finalmente o nosso sol, cuja luz dourada traduz a superação e a conquista olímpica”, completou Gustavo Chelles, da empresa vencedora.

História

Durante os primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C., em Atenas, os atletas vencedores tinham o privilégio de usar uma tocha para acender o altar dos sacrifícios aos deuses. Na Grécia Antiga, uma tocha viajava para anunciar que os Jogos estavam chegando e as guerras deveriam cessar.

Desde o resgate da tradição olímpica, em 1896, em Atenas, nos Primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna feitos pelo barão francês Pierre de Coubertin, todas as edições começam com o acendimento da tocha e terminam quando ela é apagada. O revezamento desde a cidade grega de Olímpia até o local dos Jogos começou na edição de Berlim, em 1936.

A primeira pessoa nascida no Brasil a participar do revezamento da tocha foi a carioca Lara Leite, que, em 1992, aos 20 anos, venceu um concurso de redação e carregou o símbolo na Espanha. Antes dos Jogos de Atenas 2004, a tocha olímpica chegou pela primeira vez ao Rio de Janeiro. Ela percorreu os cinco continentes antes da cerimônia de abertura, passando por 33 cidades de 26 países, sendo conduzida por 3.600 pessoas, num total de 78 mil quilômetros ao redor do mundo.Ela percorreu 49 quilômetros pelas ruas do Rio.

Texto: Mateus Baeta / Ascom – Ministério do Esporte
Foto: Francisco Medeiros / Ascom – Ministério do Esporte

 

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