Eduardo Lopes pretende incrementar o agronegócio e impulsionar o crescimento no Rio

Eduardo Lopes pretende incrementar o agronegócio e impulsionar o crescimento no Rio

Republicano é o novo secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro

Publicado em 28/1/2019 - 00:00 Atualizado em 15/7/2020 - 18:59

Titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (Seappa), Eduardo Lopes (PRB) vai investir na estruturação e capacitação de técnicos para aumentar a produção do agronegócio e garantir o desenvolvimento econômico do estado.

Lopes, que já foi ministro da Pesca e Aquicultura, quer trabalhar pela ampliação dos serviços de assistência técnica e de extensão rural aos produtores e pescadores; e assegurar o custeio em parceria com os municípios. Outro compromisso do republicano é garantir a segurança alimentar dos produtos ofertados ao povo do Rio de Janeiro e atuar garantindo serviços de fiscalização, vigilância e inspeção sanitária.

Como forma de incentivar e ampliar as iniciativas do campo, Lopes pretende aplicar pelo menos R$ 500 milhões em recursos de crédito rural nas atividades do setor agrário do estado.

Em entrevista à Agência PRB Nacional, em parceria com a comunicação do PRB Rio de Janeiro, Eduardo Lopes destacou os desafios e compromissos assumidos para garantir o pleno desenvolvimento da agricultura e da pesca do estado.

ENTREVISTA

Agência PRB Nacional – Quais são os desafios à frente da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro?
Eduardo Lopes – Sabemos que temos muitos desafios pela frente. Para enfrentá-los, contamos com o apoio de um corpo técnico especializado. Juntos, já estamos realizando uma análise de tudo o que precisará ser feito e, assim, organizarmos a Secretaria e as empresas vinculadas, atendendo as metas e compromissos assumidos com o governador Wilson Witzel e toda a população do Rio de Janeiro. Como desafios em prol do desenvolvimento do setor agrícola, valem destacar: a estruturação de cursos de capacitação nos diversos níveis de formação acadêmica junto às universidades e centros de estudos, com a finalidade de habilitar técnicos ligados às estruturas organizacionais da Seappa e parceiros; a recuperação anual de seis mil quilômetros de estradas vicinais, garantindo o escoamento da produção; a ampliação dos serviços de assistência técnica e extensão rural aos produtores e pescadores, além de assegurar o custeio em parceria com os municípios; garantia da segurança alimentar dos produtos ofertados ao povo do Estado do Rio de Janeiro, pela prestação de serviços de fiscalização, vigilância e inspeção sanitária; e a aplicação de pelo menos R$ 500 milhões em recursos de crédito rural nas atividades do setor agrário no Rio de Janeiro.

 

Agência PRB Nacional – Quais as primeiras medidas a serem adotadas diante de sua gestão para ampliar o agronegócio no estado?
Eduardo Lopes – Estima-se que a produção total do agronegócio no Rio de Janeiro esteja em torno de R$ 18 bilhões, isso corresponde a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. A ambição do nosso governo é aumentar a produção do agronegócio como um todo, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social. Nossa meta é que o agronegócio no estado atinja R$ 66 bilhões ao ano, o que representa 10% do PIB, após quatro anos de gestão.

 

Agência PRB Nacional – A agricultura é a base econômica para os produtores do interior do estado. O que será possível fazer para que haja melhor desenvolvimento do setor?
Eduardo Lopes – No Estado do Rio de Janeiro, segundo o IBGE, mais que 72% dos estabelecimentos rurais têm os seus processos produtivos desenvolvidos por agricultores com até 20 hectares de área, que, por sua vez, ocupam 259 mil hectares do território. Essas pequenas propriedades respondem por cerca de 62% da oferta de alimentos produzidos no estado e oferecidos diretamente à população. Pretendemos estabelecer um diálogo franco, contributivo e participativo junto à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), de tal maneira que possamos atender as demandas postas pelos representantes eleitos e também contarmos com a colaboração na propositura e encaminhamento das demandas. O diálogo e o apoio da sociedade civil, por meio das entidades representativas, como sindicatos, conselhos, cooperativas e associações, serão instrumentos fundamentais para a implementação das políticas públicas propostas para o setor, além da parceria dos 92 municípios do estado.

 

Agência PRB Nacional – A Seappa dispõe de recursos capazes de fazer investimentos em tecnologia e pesquisas para aumentar a produção agropecuária?
Eduardo Lopes – Nos últimos oito anos, o Rio de Janeiro contou com o aporte de R$ 360 milhões vindos do Banco Mundial (BIRD), direcionados para a promoção do desenvolvimento do setor agrário por meio do Programa Rio Rural. Lamentavelmente, não podemos mais contar com este recurso, dado o encerramento do contrato na gestão anterior. No entanto, não mediremos esforços para restabelecer o incentivo ao desenvolvimento do setor agrário em nosso estado. Na Seappa, nós contamos com técnicos altamente qualificados, oriundos da própria estrutura da Secretaria e também dos meios acadêmicos e demais instituições. Certamente que iremos estruturar cursos de capacitação nos diversos níveis de formação acadêmica junto às universidades e centros de estudos, a fim de habilitar técnicos ligados às estruturas organizacionais da Seappa e parceiros. Além disso, temos que fomentar nossos investimentos.

 

Agência PRB Nacional – O estado dispõe de uma grande costa pesqueira. Há potencial para ampliar a produção de pescado?
Eduardo Lopes – Sim. No litoral, encontram-se 25 municípios. O Estado do Rio de Janeiro, que já ocupou o primeiro lugar na produção referente à pesca extrativa marinha brasileira, hoje continua sendo um grande produtor de pescado. Porém, atrás de estados como Santa Catarina e Pará. A frota pesqueira que atua no litoral do Rio de Janeiro é composta por embarcações de pequena, média e grande escalas, com origem no próprio estado e também do Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina. Cada embarcação fluminense é vinculada a uma das 25 colônias de pescadores. Há também embarcações associadas ao Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro e outras associações menores. Na pesca, dados da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj), por meio do Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP) apontam que, no período de janeiro a dezembro de 2018, foram registradas descargas que somaram 27.178,3 toneladas de pescado, sendo a pesca industrial responsável por 70,8% (19.249,6 t), e a pesca artesanal por 29,2% (7.928,7 t). A produção aquícola do Rio de Janeiro também tem mostrado números expressivos, que precisam ser melhor acompanhados para serem corretamente dimensionados e inseridos no percentual estatístico da produção pesqueira do Estado. A meta deste governo é resolver os gargalos da cadeia pesqueira, para que o beneficiamento e comercialização tenham maior impacto no aumento do PIB do estado. Projetos estruturantes também estão previstos para a área da pesca, porém, com planejamento adequado à capacidade executiva destes.

 

Agência PRB Nacional – Sua gestão priorizará o acesso dos agricultores ao crédito e à assistência técnica necessários para melhorar o setor?
Eduardo Lopes – Sem dúvida. Pretendemos estimular a integração entre instituições ligadas ao setor agrário e empresas vinculadas, fomentando o desenvolvimento técnico-científico das atividades produtivas. Queremos ainda dobrar o volume de crédito rural aplicado nos dois primeiros anos de governo com as ações, como aumento da oferta de assistência técnica e extensão rural aos produtores e pescadores; e operacionalização do Sistema de Operações Bancárias, em parceria com o Banco do Brasil, para agilizar as liberações de recursos.

 

Agência PRB Nacional – Como presidente estadual do PRB Rio de Janeiro, o partido já se prepara para as eleições de prefeitos e vereadores em 2020?
Eduardo Lopes – Sim. Já estamos nos preparando para 2020. Na verdade, sempre que termina uma eleição já começa outra. É hora de conversar com grupos e lideranças políticas. Já me reuni com os coordenadores políticos e presidentes dos diretórios municipais e a meta é o crescimento. Precisamos da dedicação e do comprometimento de todos com o projeto.

Por Agência PRB Nacional, com colaboração da Ascom – PRB Rio de Janeiro
Fotos: Cedidas

 

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