Em SP, Marcos Jorge apresenta Agenda Brasileira para Indústria 4.0

Ministro participou do painel sobre “Economia Digital e a Nova Revolução Industrial”, no Fórum Brasil de Investimentos

Publicado em 2/6/2018 - 00:00

Em SP, Marcos Jorge apresenta Agenda Brasileira para Indústria 4.0
Ministro participou do painel sobre “Economia Digital e a Nova Revolução Industrial”, no Fórum Brasil de Investimentos

São Paulo (SP) – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge (PRB), participou no dia 30 de maio, em São Paulo (SP), das discussões sobre a indústria do futuro no painel sobre a Economia Digital e a Nova Revolução Industrial, durante o Fórum Brasil de Investimentos (BIF na siga em inglês).

“Trabalhamos intensamente no último ano para construir, de forma transparente e participativa, a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, que tivemos a satisfação de lançar aqui em São Paulo, em março último, durante a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial”, explicou. Marcos Jorge informou que a Agenda 4.0 do governo federal prevê ações concretas para apoiar as empresas industriais brasileiras no aproveitamento dos avanços que virão do novo contexto que se projeta.

“Trata-se, essencialmente, de um plano a ser trilhado pelos agentes econômicos, levando em consideração tanto as complexidades impostas pela configuração da indústria nacional – que tem agendas em diferentes níveis de maturidade produtiva – e a necessidade de elaboração de políticas horizontais, com vistas a atender a toda a sociedade, e não apenas alguns poucos players”, afirmou.

Dessa visão, explicou o ministro, deriva um modelo de jornada para a transformação digital que integra a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, composta por dez medidas, por sua vez organizadas de modo a permitir a adoção por cada empresa, conforme seu grau de maturidade. “A nosso ver, a pauta da indústria 4.0 no Brasil deve contemplar, prioritariamente, temas como aumento da produtividade, pesquisa e desenvolvimento, apoio a startups, formação e requalificação de recursos humanos e comércio internacional”, especificou Marcos Jorge.

Também participaram do painel a CEO da IBM para a América Latina, Ana Paula Lima, a CEO da SAP Brasil, Cristina Palmaka, o CEO da GranBio, Bernardo Gradin, e o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache. O ministro destacou ainda o importante papel do setor privado das discussões que resultaram no lançamento da Agenda Brasileira para a Indústria 4.0. “O trabalho é resultado de uma ampla discussão com as empresas. Há uma preocupação em diversos nveis até de qualificação de mão de obra, modernização dos nossos parques fabris, para que possamos trazer toda essa modernização da Industria 4.0. Assim, poderemos atingir a indústria como um todo, de forma horizontalizada, permitindo que os empresários possam adquirir essas novas tecnologias”, afirmou.

Ao ser perguntado pelo moderador, o jornalista Jan Piotrowsky, da The Economist, o que o setor privado deveria fazer para se preparar para a nova revoução industrial, o ministro disse que um dos desafios é o ambiente de negócios ser cada vez melhor e mais competitivo. “Do nosso ponto de vista, até pelo nosso contato direto com as empresas, tenho visto muita colaboração. Espero que possamos adensar mais essa parceria, sobretudo quando falamos de melhoria de ambiente de negócios. O presidente Temer tem uma preocupação muito forte em simplificar e desburocratizar as normas para as empresas. No MDIC, já colocamos 51 ações de desburocratização em prática, outras estão em andamento, e estamos implementando o Portal Único de Comércio Exterior, com os 22 intervenientes em uma janela única, para facilitar a vida do exportador e do importador”, disse Marcos Jorge.

Além disso, segundo o ministro, outro desafio para o governo e setor privado é a necessidade de atualização tecnológica e retreinamento de profissionais, visando preservar empregos, aumentar a competitividade, mesmo de indústrias que enfrentarão novas e diferentes estruturas concorrenciais. “Do ponto de vista do governo, a 4ª Revolução Industrial exige, portanto, uma visão ampla. Esta é uma agenda transversal, que envolve economia, produtividade e grandes impactos sociais”, alertou.

Brasil-EUA

Dentro da agenda do Fórum Brasil de Investimentos, o ministro realizou um encontro bilateral com o vice-presidente executivo da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Myron Brillant. Com mais de três mil empresas, a US Chamber of Commerce é a maior organização de negócios dos EUA. Brillant demonstrou apoio à candidatura do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e à retomada da agenda positiva bilateral, à margem das negociações sobre o aço e o alumínio brasileiros. O ministro Marcos Jorge agradeceu o apoio e informou que o governo federal tem todo o interesse de reforçar ainda mais o relacionamento positivo com os EUA que é um dos principais parceiros comerciais do país.

Sobre o BIF

O Brasil Investment Forum 2018, realizado nos dias 29 e 30 de maio, foi organizado pela Presidência da República e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o apoio do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O BIF 2018 destacou as oportunidades de investimento em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia, agronegócios, construção, tecnologia e inovação, e foi uma oportunidade importante de discutir as melhorias no ambiente de negócios no Brasil.

O Fórum foi aberto pelo presidente Michel Temer, e pelo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, e contou com a presença de cerca de 2.000 participantes, sendo grande parte do setor privado (com participação expressiva de presidentes, vice-presidentes e CEOs). O evento teve a presença, ainda, de mais de 60 palestrantes distribuídos entre a Sessão de Abertura, 11 Painéis Regulares, 2 Painéis Especiais e 7 Sessões Paralelas. Participaram do BIF, além de autoridade de alto nível do governo e de empresas, representantes de 24 estados, imprensa, formadores de opinião, academia, consultorias, escritórios de advocacia, agências reguladoras, organizações internacionais, bancos e outras entidades.

Texto e foto: Ascom – MDIC

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