Para líder, instrumento pode tirar país do atraso educacional
Publicado em 11/12/2012 - 00:00
Brasília (DF) – Fundamentando-se nos últimos dados estatísticos, que revelam a péssima colocação do Brasil entre países pesquisados pelo índice de qualidade de educação da empresa Pearson (39º entre 40), o líder do PRB na Câmara, Antônio Bulhões (SP), defendeu a discussão sobre a implementação de um vale educação como forma de possibilitar à classe média a opção por escolas particulares para seus filhos.
“É um fato incontestável que a classe média tem investido em educação privada, diante da fragilidade do ensino público, um percentual significativo de sua renda como forma de garantir um futuro melhor, ou até mesmo algum futuro, para seus filhos. Ao mesmo tempo, o governo tem alocado uma parte significativa de seu orçamento em escolas públicas, que, segundo levantamento da Folha de São Paulo, tem apresentado redução no número de matriculas. Ao invés de continuar a gastar dinheiro na infraestrutura de novas escolas e na reforma das outras, talvez fosse mais eficiente dar uma vale educação para a família escolher a escola privada mais conveniente”, questiona.
Bulhões lembrou que essa política não é incompatível com a ciência econômica. “Milton Friedman, Premio Novel de Economia, já defendia a política de vale educação em artigos publicados em 1955. Com essa política, segundo o economista, procurar-se-ia focar a ênfase na escolha dos pais e na consequente competição entre as escolas por alunos. O resultado seria um consequente crescimento do desempenho educacional e da satisfação da família pelo progresso dos filhos”.
Segundo o líder, a adoção de tal política também possibilitaria a diminuição do poder de sindicatos corporativistas que chegam a impedir a gratificação diferenciada ao professor que elevar a média da turma, em nome de uma suposta “isonomia”. “Além de representar um instrumento eficaz para evitar que os sindicatos usem a população com o objetivo de coação ao governo com greves intermináveis, também poderia ser cobrada, por parte do governo, como condição para recebe o benefício, determinadas ações dos pais, de forma a evitar que esses relegassem apenas ao corpo docente todo o processo educacional de seus filhos”.
Bulhões concluiu lembrando que o aumento do poder do cidadão em escolher a educação do filho terá ainda um efeito virtuoso. “Como o nível da escolaridade é mais influente do que a renda para o progresso dos filhos, quando esses se tornarem adultos terão maior capacidade de educar a geração seguinte”.
Texto: Paulo Gusmão – Liderança do PRB
Foto 1: Divulgação. Foto 2: Douglas Gomes
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