Coordenador Paulo André ministra curso gratuito sobre saúde pública na USP

No curso, o aluno aprende que deve haver um equilíbrio entre a medicina e a saúde pública

Publicado em 23/8/2013 - 00:00

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No curso, o aluno aprende que deve haver um equilíbrio entre a medicina e a saúde pública

São Paulo (SP) – Para atender à demanda dos ministérios da Saúde e Educação que, desde 2007, registram um déficit na formação dos profissionais em saúde pública, a USP (Universidade de São Paulo), iniciou, na última sexta-feira (9), o curso sobre saúde na sociedade contemporânea: da teoria à prática. As aulas, ministradas pelo sanitarista Paulo André da Silva e pela professora Elisa Maria Parahyba Campos, todas às sextas-feiras, às 15h, explicam o conceito da palavra “saúde” e como ela é gerenciada dentro das políticas públicas do país. De acordo com Paulo André, a primeira coisa que vem à mente das pessoas ao falar sobre saúde é cuidar dos doentes.

“É um equívoco pensar dessa forma dentro do contexto de políticas públicas. A definição de saúde também engloba o bem-estar psíquico e social. Ou seja, a meta é ensinar os dois lados: apagar o fogo e prevenir o incêndio”, disse Paulo André, que também coordena o PRB Saúde Nacional.

No curso, o aluno aprende que deve haver um equilíbrio entre a medicina e a saúde pública. De acordo com o professor Paulo André, a primeira cuida das doenças a partir de medicamentos e vacinações; a segunda integra a promoção e manutenção do ambiente em que a pessoa se insere, por meio de ações de vigilância e intervenções governamentais.

“Apenas a segunda parte não está acontecendo. A medicina é importantíssima, mas só ela não é o suficiente. De forma exemplificada, não se pode cuidar somente do paciente que foi contaminado, se o foco da contaminação continua intacto”,  explica o republicano.

Da teoria à prática

Como toda essa teoria é colocada em prática? Segundo o sanitarista, as aulas identificam o planejamento e a manutenção de determinada ação dentro da saúde pública. A meta é desenvolver uma análise crítica não só do processo, como também, da postura dos políticos envolvidos.

“Quando se tem essa nova forma de compreensão, a pessoa consegue propor políticas, ações práticas e críticas em relação ao sistema. Na primeira aula, tentei exemplificar com o programa Mais Médicos. Destrinchamos todo o seu processo para mostrar como é feito o seu gerenciamento”, relatou o sanitarista.

Além disso, a prática aplicada nas aulas ensina aos alunos como reivindicar as leis e direitos à saúde no Brasil. “O aluno aprende como cobrar as ações dentro da Secretaria de Estado da Saúde”, observou.

Quem pode participar?

Com o objetivo de se tornar uma disciplina oficial, os estudantes de qualquer curso de graduação da área de saúde (medicina, enfermagem, odontologia, psicologia) podem participar. Além disso, é importante que as aulas estimulem um interesse maior por outras pessoas de outros cursos.  Os 12 encontros ocorrem até o final de outubro.

Fonte: Portal R7

 

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