Sandra de Andrade fala sobre seu trabalho à frente do PRB Alimentação e Agricultura

A coordenadora nacional do PRB Alimentação e Agricultura é a entrevistada desta semana

Publicado em 21/10/2013 - 00:00 Atualizado em 18/6/2020 - 11:23

Com a missão de conhecer quem traz o alimento à mesa dos brasileiros, a entrevistada desta semana fala sobre a missão de percorrer as cinco regiões do país em busca de soluções para temas como a possível extinção da profissão de pescador artesanal daqui a 50 anos no sul do Brasil. Ela conta também que o Movimento Republicano tem superado a grandiosidade territorial e já está instalado nos estados do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e, a poucos dias, da Bahia. Nesta semana a conversa é com Sandra de Andrade, que é a coordenadora nacional do movimento PRB Alimentação e Agricultura.

ENTREVISTA

1.       Qual é o diferencial do movimento setorial Alimentação e Agricultura?

S.A. – Nosso diferencial é o querer conhecer quem produz o que nós comemos. Nós queremos saber quem é esse homem e essa mulher que está no campo, que está distribuindo o alimento, que está debaixo de sol, debaixo de chuva, enfrentando adversidades. Por que o Brasil é um continente: são cinco regiões totalmente diversificadas. Então, o trabalhador no Sudeste não é mesmo trabalhador, agricultor, pescador, aquicultor do Sul ou do Centro-oeste. Nós queremos conhece-los e esse é o nosso diferencial: A preocupação com o povo, com aquele que dá o seu sangue para nos trazer o alimento.

2.       O Presidente Nacional do PRB, Marcos Pereira, disse que dos movimentos fluirão novas diretrizes para o partido. Quais são as propostas de debates que a senhora já apresentou?

S.A. – Apresentei um projeto macro que visa rodar o país e conhecer, como eu disse, o produtor, as suas necessidades, o que ele coloca como prioridade e quais são as suas necessidades. Defendo que nós estamos aqui nas capitais, nós não estamos lá em loco, aonde ele vive. Então, nós queremos saber do que ele precisa. Por quê? Um exemplo é uma previsão feita no Sul, inclusive, por nossos coordenadores da Alimentação e Agricultura, que daqui a 50 anos corremos o risco de não termos mais a profissão de pescador. A previsão aponta que a família que trabalha com a pesca gasta todo o seu dinheiro investindo para que o filho faça outra profissão. Ou seja, não há uma continuidade. Então, com quem ficarão os nossos rios e mares? Quem irá explorar os nossos rios e mares? Nós vamos ter mais profissionais qualificados? Estes profissionais precisam ser reconhecidos e revitalizados para tomar de volta aquele prazer de dar continuidade da profissão aos filhos, pois se trata de uma profissão de pai para filho. Nós somos um país rico, nós temos muita água, nós temos mar, nós temos rios, então, não vamos permitir que o estrangeiro venha e tome conta do que é nosso por direito, por herança. Nosso objetivo é estudar uma solução para o problema. Para isso, temos trabalhado também junto ao ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.

3.       Este trabalho já está em andamento?

S.A. – Sim, estamos em andamento com este trabalho como se fosse um censo. É um censo diferenciado, que a partir dele é que nós vamos começar a implantar trabalhos diferenciados nas diversas regiões do País.

4.       E como tem sido a expansão do movimento Alimentação e Agricultura nos outros Estados?

 

S.A.- Ainda não conseguimos a nossa meta por termos um território geográfico muito grande, mas eu acredito que depois deste mês de outubro a coisa engrene bem. Nós já estamos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, já empossamos a coordenação no estado da Bahia. Lá no Rio de Janeiro, por exemplo, estamos trabalhando com o coordenador estadual da Sustentabilidade, o professor Sérgio Lemberck. Então, a nossa visão é de um trabalho de coordenação em conjunto. Nós da Alimentação e Agricultura não vamos trabalhar isolados: Estamos chamando os outros coordenadores para trabalharmos juntos! É como o nosso presidente nacional, Marcos Pereira, fala: “Não sou eu, não é a coordenação, somos nós! São as coordenações trabalhando para mostrar que o PRB pode e já está fazendo mais e melhor”.

Pro Jamile Reis e Elisa Ribeiro / Agência PRB Nacional
Fotos: Douglas Gomes

 

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