Mulheres são apenas 13,4% dos cargos eletivos municipais

Os dados mostram os problemas enfrentados pela mulher para conseguir espaço na política e reforçam a necessidade da participação feminina nas Eleições 2020

Publicado em 12/3/2020 - 00:00 Atualizado em 10/6/2020 - 15:18

Brasília (DF) – As mulheres enfrentam desafios diários para conquistar espaços de liderança em todos os setores sociais, mas é preciso reconhecer que na política, esses desafios parecem ainda maiores. Os dados das últimas eleições municipais demonstram a falta de representação feminina nas câmaras e prefeituras de todo o país. Das 68.892 vagas disputadas em 2016, apenas 9.246 foram conquistadas por mulheres. O número representa 13,42% do total de cargos eletivos municipais.

Com o recorte por cargo, a dificuldade imposta às mulheres na política fica mais evidente. Somente 638 prefeituras são comandadas por mulheres, o que representa 11,45% dos 5.570 municípios. As demais 4.932 cidades não contam com a sensibilidade e força feminina na gestão municipal. 

Para a função legislativa municipal, as mulheres até que conseguem um pouco mais de espaço, mas a quantidade de eleitas ainda deixa a balança mais pesada para um lado, tornando as câmaras municipais, espaços com predominância masculina. Das 57.514 vagas nas câmaras municipais brasileiras, somente 7.821 são ocupadas por mulheres em 4.273 municípios, ou seja, 754 cidades não têm nenhuma vereadora e 1.970 municípios contam com apenas uma mulher.

Cristiane BrittoSegundo a secretária nacional de Políticas para Mulheres, a republicana Cristiane Britto, as mulheres precisam superar muitos desafios para conseguir participar da política. “Recai sobre a mulher o peso maior dos problemas sociais, a violência doméstica, o abuso sexual, a dependência econômica do marido, e tantas outras dificuldades. São batalhas diárias que a mulher precisa enfrentar. Por isso, é preciso mostrar para as mulheres que esses problemas precisam ser enfrentados no campo da política, no empoderamento feminino, na ocupação de espaços de poder”, destaca.

O Republicanos tem oferecido voz e vez para as mulheres superarem os desafios da participação na política. O partido, que tem o deputado federal Marcos Pereira (SP) na presidência, garante a aplicação de recursos na mobilização feminina, incentiva e prioriza a formação de novas lideranças em todo o país. “No Republicanos, a mulher não é tratada como uma cota que precisamos cumprir por determinação da lei, a mulher é uma necessidade, é uma prioridade no nosso planejamento”, frisou.

Marcos Pereira

O exemplo deste esforço vem das urnas. Na primeira eleição municipal disputada pelo partido em 2008, foram eleitas 7 prefeitas e 98 vereadoras; em 2012, foram 11 prefeitas e 149 vereadoras; e 2016, o partido elegeu 228 vereadoras e repetiu o número de prefeitas. Das 18 mil candidaturas que o partido disputou, 5.773 foram mulheres em 2.162 municípios brasileiros. Os números representam um aumento de 42% em comparação a 2012, que registrou 4.054 candidaturas femininas.

Metas republicanas para mulheres na política em 2020

Rosangela Gomes, mulher na políticaNas eleições de outubro, o Republicanos já definiu as metas que pretende alcançar nas urnas, e a eleição de mais mulheres na política ocupa posição estratégica no planejamento nacional para o pleito eleitoral deste ano. “As mulheres precisam ocupar os espaços de poder para defender políticas públicas voltadas para o público feminino”, é o que tem defendido a secretária nacional do Mulheres Republicanas, a deputada federal Rosangela Gomes (RJ). 

As metas do Republicanos é eleger 3 mil vereadores e pelos menos 500 prefeitos nas eleições municipais deste ano. Esses números incluem as mulheres, como explica Rosangela Gomes. “Elegemos 228 vereadoras e 11 prefeitas em 2016, neste ano o foco já foi definido. Esperamos fazer muitas prefeitas e vereadoras nos municípios. Queremos pelo menos uma vereadora em cada região do país.”

Capacitação feminina

As republicanas têm participando de seminários, congressos, cursos e reuniões locais de preparação para o pleito eleitoral. Para contribuir com a capacitação, o Mulheres Republicanas e a Agência Republicana de Comunicação (Arco) lançaram o e-book “ O segredo para vencer as eleições 2020”. Para baixar o documento, basta acessar o site nacional do partido, no link.

Campanha nacional de filiação

O Mulheres Republicanas está em curso com uma campanha nacional de filiação para acolher e capacitar as mulheres que têm intenção de disputar as eleições ou até mesmo ajudar nas campanhas eleitorais. A Campanha “Filia 10” vai percorrer todos os estados, promovendo encontros regionais para ampliar o número de pré-candidatas. O prazo de filiação para quem pretende se candidatar termina no dia 4 de abril para mulheres sem mandato e no dia 3 para as mulheres que já são vereadoras. A filiação será feita nos municípios pelas executivas municipais, com a meta de reunir lideranças femininas para o pleito de outubro. 

Por Agência Republicana de Comunicação (Arco)

 

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