Em live, personalidades destacam o protagonismo feminino no Republicanos

O encontro virtual faz parte da série de comemorações dos 15 anos do Republicanos

Publicado em 13/8/2020 - 22:26

Brasília (DF) – Dando continuidade às comemorações dos 15 anos do Republicanos, a completar dia 25 de agosto, a Agência Republicana de Comunicação (ARCO) promoveu, nesta quinta-feira (13), mais uma live da série em que as principais lideranças compartilham fatos que marcaram até aqui a história bem-sucedida do partido, que é a oitava maior força política do país.

Para falar sobre o protagonismo feminino e a abertura que as mulheres têm dentro do Republicanos, a ARCO reuniu a secretária nacional do Mulheres Republicanas, deputada federal Rosangela Gomes (RJ), a presidente do Republicanos Amapá, deputada federal Aline Gurgel, a secretária estadual do Mulheres Republicanas São Paulo, deputada federal Maria Rosas, a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, e a chefe de gabinete da Liderança do Republicanos na Câmara, Tiana Silva.

O encontro virtual na página do Republicanos no Facebook foi mediado pela coordenadora da ARCO, jornalista Helen Assumpção, e contou com a ampla participação de internautas de todo o país.

A representatividade das mulheres na política foi o primeiro assunto tratado pelas participantes. Dados estatísticos da Justiça Eleitoral de 2018 mostram que 52,50% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres, mas muitas delas ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas.

Foi o que ressaltou Rosangela Gomes. “As mulheres ainda não estão no parlamento como gostaríamos, mas tivemos significativos avanços com os 30% dos recursos, mais debates das mulheres, mas ainda é pouco. As mulheres avançaram um pouco mais em setores como o Judiciário, pois aí tem a igualdade, tem que estudar, e as mulheres se destacam, mas no Legislativo e Executivo ainda estamos aquém do que deveríamos”, alertou Rosangela Gomes, que enfrentou dificuldades para começar sua carreira política como vereadora em sua cidade natal, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.

A deputada Aline Gurgel, que tem atuado em seu estado na preparação para que mais mulheres ingressem na política, também destacou os avanços e conquistas. “Nossa parte como liderança cabe incentivar cada vez mais a participação das mulheres na política. A cota de 30% foi um avanço. O Republicanos cumpre a lei rigorosamente e isso fez com que eu chegasse ao Congresso Nacional. Sabemos que precisamos avançar muito mais e fortalecer o diálogo com as mulheres, é cada vez mais fundamental dentro das agremiações partidárias”, disse Aline.

A deputada Maria Rosas reforçou a importância da participação das mulheres nos espaços de poder. Ela lamentou a existência da exclusão histórica que tem afastado as mulheres da política. “Vivemos numa sociedade muito machista, mas temos diversos fatores que impedem o ingresso das mulheres na política. Muitas delas não entram por desacreditarem que podem conciliar seu dia a dia com a política. São tanto fatores, mas o primeiro é o cultural. Já vem uma tradição. Mas eu digo e repito que é possível conciliar. É importante ir à luta, ter a representatividade feminina, pois o olhar da mulher faz toda a diferença. Ela fortalece a democracia”, pontuou Maria Rosas.

Para Tiana, cuja experiência legislativa na Câmara dos Deputados somam mais de três décadas, a atuação na política é algo apaixonante e muito gratificante. “A política é uma coisa que apaixona. Cresci nisso e toda minha vida foi na Câmara dos Deputados. Sempre trabalhei na área política. Não é um papel que tenho mandato, mas tenho um protagonismo muito grande juntos aos nossos deputados. Me achei no ambiente da Câmara e sou muito feliz”, confidenciou Tiana.

Combate à violência política

A secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, defendeu ações para combater a violência política. Entende-se por violência política a agressão física, psicológica, econômica, simbólica ou sexual contra a mulher, com a finalidade de impedir ou restringir o acesso e exercício de funções públicas e/ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade. Inclui-se nesta concepção as eleitas, as candidatas aos cargos eletivos, as ocupantes de cargos públicos, as dirigentes de conselhos de classe, de empresas estatais e das entidades de representação política.

“Este tipo de violência as pessoas não se dão conta, mas ela existe com o objetivo de excluir a mulher da política. Precisamos denunciar este tipo de violência às autoridades eleitorais. Precisamos de mais mulheres ocupando estes espaços. Não vamos permitir este tipo de violência. Vamos denunciar! É importante deixar claro que a exclusão é uma violência que pode ser observada no ambiente político de diversas maneiras. O fato de não ter um banheiro feminino no plenário do Senado até 2016, era uma forma de dizer que aquele espaço não era construído para as mulheres”, lembrou Britto.

A deputada Rosangela Gomes, que sofreu na pele a violência na política, lembrou sobre sua trajetória de vereadora em Nova Iguaçu. “Quando cheguei na câmara fui extremamente isolada. Eu era a última cadeira no parlamento e não tinha sala. Sofri muita violência política, pois eu era a única mulher na Câmara de Nova Iguaçu. Acredito na força da mulher e sou grata, pois como mulher tenho o apoio incondicional de nosso presidente Marcos Pereira e de nossa bancada. Sou feliz no partido que estou. Temos que cuidar da coisa pública com afinco e dedicação”.

Desafios

A deputada Aline Gurgel destacou que sua vida de liderança é sempre no meio da comunidade. Ela lembra que ao chegar no Republicanos foi incentivada pelo presidente nacional da sigla, deputado federal Marcos Pereira, a tratar todos como iguais e defender seus direitos.

“Temos que seguir conselhos precisos de quem tem experiência. E o presidente Marcos Pereira me disse: ‘Aqui é um partido sério, tratamos todos iguais. Precisamos ter muita resiliência e gastar muita sola de sapato.’ Peguei isso para mim. Eu vou para a comunidade. Esse é nosso diferencial. Quando se está na comunidade se conhece os problemas. Temos uma missão que é trabalhar pelo país com excelência e sem olhar para os ataques. Por isso digo: estejam preparadas psicologicamente, ocupem, participem, principalmente das eleições majoritárias”, reforçou Aline.

Maria Rosas destacou que a atuação das mulheres à frente dos executivos municipais têm sido essencial para a implementação de políticas públicas. Dentre elas, as políticas voltadas para as crianças. “A mulher é capaz de mostrar como é fazer a boa gestão. A mulher quando está no Executivo, a taxa de mortalidade infantil cai, pois ela olha para as políticas públicas com mais sensibilidade. Cada um pode dar sua parcela. Existem os preconceitos, ataques, mas nós temos que mostrar em primeiro lugar que nos valorizamos. Isso faz ir em frente. Quando você sabe que está certa, você ultrapassa todas as barreiras. Esteja pronta para lutar pelos seus objetivos”, contou.

Mulheres no Republicanos

O Republicanos é um partido que sempre investiu na participação das mulheres e fez história ao eleger oito republicanas nas Eleições 2018: três deputadas federais e cinco estaduais.

“Nossas deputadas são comprometidas, diligentes e competentes. A deputada Rosangela tem um trabalho brilhante em defesa da saúde e das mulheres na Câmara dos Deputados. Maria Rosas é um fenômeno na educação, defesa da criança e da mulher. Foi brilhante na votação do novo Fundeb. Aline atua de forma exemplar na área da Cultura, enfim, são ecléticas”, avaliou Tiana, que conhece bem os bastidores das republicanas no Congresso Nacional.

Lei Maria da Penha

Com 14 anos de existência, completados no dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha também foi destaque na live com as republicanas. Tiana ressaltou a importância da lei e conclamou a todos a se unirem para que a mesma cumpra com seu papel.

“A Lei Maria da Penha foi um avanço grande e cada vez mais ela vem se sedimentado na proteção das mulheres. O mais importante é que temos muitos homens que estão nas fileiras para fazê-la ser cumprida. A lei veio para ficar, mas só a punição não vale, tem que conscientizar”, lembrou Tiana.

Titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto lembrou as ações tomadas pela pasta no combate à violência doméstica contra a mulher durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Fizemos campanhas voltadas para incentivar as denúncias e envolver a sociedade. As nossas campanhas foram voltadas para envolver todos. Hoje, por meio de aplicativos e do Disque 180, qualquer pessoa da sociedade pode fazer uma denúncia de forma anônima. A Secretaria articulou com o Ministério da Justiça a disponibilização de ocorrências on-line. Nossa prioridade é combater o feminicídio, pois somos o quinto pais que mais mata no mundo. Houve queda de 27% e atribuo ao incentivo à denúncia”, destacou Cristiane Britto.

Assista o vídeo

Por Agência Republicana de Comunicação – ARCO

 

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