Cristiane Britto lança ação em rodovias para combater o feminicídio

Com o slogan “Em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher – Ligue 180”, iniciativa será divulgada em painéis luminosos em rodovias pelo país

Publicado em 26/11/2021 - 09:46

Brasília (DF) – “O problema da violência doméstica não é só do governo federal, estadual ou distrital. É um problema de todos nós. É um movimento de vigilância solidária. Precisamos nos envolver e denunciar”, explicou Cristiane Britto, secretária nacional de Políticas para Mulheres, no lançamento das ações para combater o feminicídio, na terça-feira (23), em Brasília.

A partir desta data, o slogan “Em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher – Ligue 180” será divulgado em painéis luminosos do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF) e em rodovias concedidas espalhadas pelo país. A iniciativa integra a campanha anual dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, promovida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).

As propagandas nas rodovias e locais estratégicos orientarão às vítimas de violência e, também, a parentes e vizinhos, para que, ao tomarem conhecimento de casos de violência contra a mulher, acionem o número 180.

“Muitas mulheres não sabem a diferença entre 180 e 190. Se for emergência, a pessoa tem que ligar no 190. Se não for, é 180, um canal de denúncia à disposição 24 horas por dia e pelo WhatsApp”, afirmou Cristiane Britto, durante o lançamento da ação ao lado da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Somente no Distrito Federal, serão 70 painéis distribuídos por diversos pontos da capital.

De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), de julho de 2020 a novembro deste ano, mais de 97,4 mil denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher foram registradas pelo Ligue 180.

Cristiane Britto destacou que a intenção da campanha é disseminar informação sobre o ciclo da violência para que mulheres entendam os sinais e possam interromper um relacionamento abusivo antes que ocorra um feminicídio. Ela pediu para as vítimas não se calarem.

“As vezes são agressões verbais ou empurrões e vai evoluindo. E quando começa a se repetir mais vezes, é um sinal grande de alerta. E falar isso para toda a sociedade que qualquer terceiro pode denunciar e o anonimato é garantido”, ressaltou.

Texto: Agência Republicana de Comunicação – ARCO, com informações do MMFDH
Foto: Clarice Castro – Ascom/MMFDH

 

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