Combate à violência sexual contra menores movimenta bate-papo político da FRB

Evento em parceria com a frente parlamentar que debate o tema na Câmara dos Deputados contou com a presença de especialistas

Publicado em 18/9/2017 - 00:00 Atualizado em 3/6/2020 - 23:52

Brasília (DF) – A terceira edição do Bate-papo Político da Fundação Republicana Brasileira (FRB) reuniu cerca de 60 pessoas, na sede da instituição, na sexta-feira (15), para promover um diálogo aberto entre sociedade e especialistas sobre o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. O debate também foi transmitido ao vivo no Facebook.

Na abertura do evento, de proposta mais intimista e formato talk show, o presidente da FRB, Renato Junqueira, destacou: “temos consciência da importância deste tema. O abuso sexual talvez seja a marca mais profunda na vida da pessoa agredida. Imagina a dor e a confusão interna que um menino ou menina sente para sempre quando é vítima deste crime. Precisamos lutar e proteger nossas crianças e jovens”, disse.

O delegado Jean Felipe Mendes e a agente de polícia e doutora em Ciências da Saúde, Úrsula Ducanges – ambos da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do DF (DPCA) – falaram sobre leis, passos da denúncia, conceituação e tipificação dos crimes sexuais praticados contra crianças. Já a especialista em Neuropsicologia, Alessandra Areias, explicou como identificar sinais comportamentais das vítimas e o processo de abordagem para o tratamento psicológico. Giuliana Hernandes, coordenadora do Centro Integrado 18 de maio, esclareceu o atendimento humanizado e de proteção ao público infantojuvenil.

Para abordar a diferença entre abuso, exploração e pedofilia, Mendes argumentou. “Abuso sexual é uma violação que vai desde atitudes de conotação sexual, um toque libidinoso até o ato físico em si. Já a exploração envolve benefícios, como troca de favores, comércio e lucro, geralmente envolvendo um aliciador. No caso específico da pedofilia, criminalmente se o pedófilo se mantém apenas na cogitação, não é crime, já que trata-se de patologia. A partir do momento que ele se alimenta de pornografia infantil, armazena ou espalha esse tipo de conteúdo e toca a criança, aí sim é considerado criminoso”, disse o delegado.

O deputado federal Roberto Alves (PRB-SP), presidente da Frente Parlamentar Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Câmara, estabeleceu parceria com a FRB em 2015. Ele também é idealizador da revistinha educativa ‘Robertinho e sua turma’, de distribuição gratuita. “Queremos conscientizar as famílias. Tenho projetos e ações que visam despertar a atenção das pessoas. O gibi, por exemplo, tem o trabalho de informar sobre a importância de identificar e denunciar o crime”, pontuou Alves.

A servidora pública Maria Luz Ribeiro participou do evento e opinou: “todos devem estar informados sobre o assunto. O projeto deveria ser levado a mais lugares, gostei muito”, disse.

Entre os participantes estavam conselheiros tutelares, estudantes, professores, pais, mães, assessores parlamentares republicanos e agentes sociais interessados no tema, como o administrador de Samambaia, Paulo Silva; a representante do deputado distrital Julio Cesar (PRB-DF), Adriana Pederneiras; e a coordenadora da Escola Bíblica Infantil do DF, Mônica Rodrigues.

A mediação do evento ficou por conta do cientista político Fábio Vidal e da jornalista e assessora de comunicação da FRB, Suellen Siqueira.

Texto: Ascom – FRB
Fotos: Carlos Gonzaga / Ascom – FRB

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