Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte completa 2 anos em Salvador

Iniciativa foi da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação

Publicado em 26/8/2019 - 00:00 Atualizado em 30/6/2020 - 20:54

Salvador (BA) – Nesta segunda-feira (26) completa-se dois anos em que foi instituído em Salvador o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte, após aprovação de projeto de lei da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação. A data é uma referência à agressão racista sofrida pela professora Edna Matos e sua filha, durante partida de futebol do Bahia contra o Grêmio em agosto de 2017.

Até maio deste ano, apenas o futebol brasileiro já havia notificado 14 denúncias de racismo – 12 no estádio e duas no ambiente da internet. Segundo mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o número é altíssimo se comparado aos que foram contabilizados em todos os meses dos quatro últimos anos: 19 (2014), 24 (2015), 19 (2016) e 19 (2017).

“Vemos a continuidade desses crimes e a completa omissão dos clubes e das entidades esportivas, que, quando podem, lançam mão de acobertar esses fatos, que muitas vezes acontecem dentro das esquipes esportivas. Mais uma vez, a impunidade impera, e as minorias continuam amarradas em seu histórico de discriminação”, avalia Ireuda.

Ainda de acordo com a republicana, praticamente não se vê treinadores negros em times de futebol e outros tipos de equipes desportivas, nem pessoas negras ocupando cargos de poder nas entidades. “Isso é uma evidência incontestável do racismo institucional, que vai muito além do esporte e perpassa todas as instâncias da sociedade”, completa a vereadora.

Texto e foto: Ascom – vereadora Ireuda Silva

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