Redução se deve a diversos fatores, como melhor distribuição de renda, geração de empregos e programas sociais, como Renda Campinas
Publicado em 10/12/2024 - 11:19
Campinas (SP) – A cidade de Campinas (SP) alcançou, em 2023, o menor índice de pobreza dos últimos nove anos, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revelou que 13,4% da população da cidade vive abaixo da linha de pobreza, marcada por uma renda de até US$ 6,85 por pessoa por dia, conforme critério do Banco Mundial.
A melhora nos indicadores reflete o impacto de programas sociais e a geração de novas oportunidades de trabalho na região, que ajudaram a evitar um aumento na desigualdade de renda. Em 2022, 16,4% dos moradores estavam nessa condição, demonstrando uma redução significativa no último ano.
Fatores que influenciaram a queda da pobreza
De acordo com o IBGE, iniciativas de transferência de renda e maior acesso ao mercado de trabalho foram determinantes para a redução da pobreza na metrópole paulista. André Simões, pesquisador da equipe responsável pelo estudo, destacou que a pobreza entre trabalhadores existe, mas é menos severa do que entre a população desocupada. “Programas sociais têm um papel importante para garantir o básico às famílias, enquanto o trabalho contribui para reduzir a vulnerabilidade econômica de maneira mais ampla”, afirmou Simões.
Um desses programas, é o Renda Campinas, instituído pela gestão do atual prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), em 2023, e que tem se consolidado como um dos principais motores dessa transformação. Beneficiando mensalmente 25 mil famílias, a iniciativa alia suporte financeiro direto à promoção da autonomia econômica. O programa oferece assistência financeira às famílias em situação de vulnerabilidade, com benefícios organizados em três categorias, dependendo da composição familiar e do grau de necessidade. Os valores variam entre R$ 139,98 e R$ 209,97, pagos por meio do aplicativo Caixa Tem. “Tenho certeza que o nosso programa de ativação econômico social estimulou a economia, gerou oportunidades de emprego. Os nossos programas sociais foram fundamentais e também, os nossos programas de profissionalização. Dando capacidade para as pessoas chegarem a um emprego melhor”, disse o prefeito.
Para a secretária de Desenvolvimento e Assistência Social, Vandecleya Moro (Republicanos), os resultados são reflexo de uma política pública alinhada às necessidades reais da população. “A redução da pobreza em Campinas não é apenas um dado estatístico, mas uma conquista social. O Renda Campinas garante suporte financeiro imediato e possibilita que as famílias reconstruam suas vidas com dignidade”, falou.
Avanço no acesso à internet
Além da queda na pobreza, o estudo apontou um crescimento expressivo no acesso à internet em Campinas. Em 2016, 82,2% dos domicílios contavam com conexão; em 2023, esse número chegou a 95,2%.
Esse avanço também foi observado em nível nacional. No Brasil, o percentual de lares com acesso à internet subiu de 68,9% para 92,9% no mesmo período. A conectividade desempenha um papel crucial na inclusão digital e no acesso a oportunidades de educação e emprego, impactando diretamente a qualidade de vida.
Desafios persistentes
Embora os números sejam positivos, existe um alerta de que ainda há desafios a serem superados. A proporção de pessoas vivendo na pobreza em Campinas permanece significativa, e a desigualdade de renda continua sendo uma questão estrutural.
Segundo o IBGE, é necessário fortalecer as políticas públicas e promover a inclusão social de maneira mais ampla, especialmente para grupos vulneráveis, como os trabalhadores informais e as famílias sem acesso a programas de proteção social.
Texto: Com informações da Ascom Prefeitura de Campinas
Foto: Ascom Prefeitura de Campinas