Alto custo de táxi acessível é debate em Porto Alegre

Vereador Alvoni Medina (PRB) promoveu debate sobre o serviço de táxi acessível com entidades, taxistas, conselho municipal e órgãos públicos

Publicado em 8/7/2019 - 00:00 Atualizado em 1/7/2020 - 17:49

Porto Alegre (RS) – O vereador Alvoni Medina (PRB) promoveu, na sexta-feira (5), debate sobre o serviço de táxis acessíveis. O republicano, que é presidente da Frente em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal, informou que mais de 300 mil deficientes utilizam o transporte na capital gaúcha. Entidades, taxistas, conselho municipal e órgãos públicos debateram as precariedades do transporte público acessível, em especial, a falta de táxis acessíveis.

Medina recebeu diversos pedidos da Federação Rio-grandense de Entidades de Deficientes Físicos (Fredef) sobre a pauta. “Não podemos fechar os olhos quando as entidades nos procuram e precisam que os debates evoluam. Por isso, estamos aqui reunidos para chegarmos num denominador comum”, afirmou o parlamentar.

O vice-presidente da Fredef, Rotechild Prestes, disse que é importante conversar sobre a temática, uma vez que “precisamos tentar uma excelência no atendimento do táxi acessível em Porto Alegre”, diz.

Segundo Jorge Brasil, diretor de acessibilidade da Prefeitura de Porto Alegre, o maior impasse hoje para ampliar o número de carros acessíveis é a “falta de verba”. “A modelagem do serviço de táxi acessível é insustentável, precisa ser readequada, com um valor menor, para que seja ampliada a oferta e não cause prejuízo aos permissionários”, declarou Brasil.

Hoje, são 52 táxis acessíveis em Porto Alegre, dos quais, 26 estão aptos para trabalhar com aplicativos de mobilidade. De acordo com o representante da Associação do Táxi Acessível, Charles Silveira, o valor para adaptação de um carro para táxi acessível chega a R$ 40 mil.

Para o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Nelson Khalil, é necessário um subsídio para o serviço. “O poder público precisa regular de alguma forma esse valor, que se torna inacessível e acaba afetando o atendimento que tanto precisamos”, afirmou.

Os taxistas alegam que a demanda é pequena e que se torna insustentável trabalhar só com acessibilidade (cerca de 10% dos usuários).

Cristiano Freitas, taxista do ponto da PUC-RS, sugere que a solução a curto prazo seja a tarifa diferenciada, pois o deslocamento é maior do que o percurso. Também, solicita que os táxis adaptados possam estacionar em quaisquer pontos da cidade, para facilitar a locomoção até os passageiros.

Ficou acertado que o grupo de trabalho técnico da Frente Parlamentar, composto por entidades e associações que atuam na causa da pessoa com deficiência, se reunirão para revisão da Lei do Táxi Acessível em Porto Alegre.

Texto: Roberta Brum / Ascom – vereador Alvoni Medina
Foto: Cedida

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