A mobilidade em Florianópolis

Artigo escrito por Claudinei Marques, vereador pelo Republicanos em Florianópolis

Publicado em 28/9/2019 - 00:00 Atualizado em 28/6/2020 - 19:32

Florianópolis tem o estigma de ser a segunda pior das capitais de nosso país em mobilidade urbana, o que gera um desconforto ao sabermos que, em nível mundial, também ocupa o segundo lugar. De acordo com dados da Udesc, nossa capital possui a pior mobilidade em tempo médio do trabalhador de sua residência ao local de trabalho (44 minutos), à frente de São Paulo (42 minutos) e de Rio de Janeiro (37 minutos). A cidade é também uma das que tem a mais alta mortalidade no trânsito e que mais pessoas assumem dirigir depois de beber.

Os dados do estudo estão divididos em cinco eixos: segurança, mobilidade, saúde, educação e desenvolvimento urbano. Entre as entidades que fizeram o estudo está o movimento Floripa Te Quero Bem. Segundo a organização, um dos maiores problemas foi conseguir os dados atualizados dos órgãos públicos. Isso gera um contraste enorme com nossos números positivos em relação à qualidade de vida e aos baixos índices de criminalidade.

Nossa cidade fica entre altos e baixos, em um abismo que a divide entre pontos positivos que nos empenhamos a cada dia para melhorarmos, e pontos extremamente negativos, pois além da falta de mobilidade, nos deparamos com problemáticas educacionais em relação ao trânsito.

Assim, precisamos não apenas de obras urbanas como soluções, mas também de uma obra de ordem social e educacional no trânsito. Por conta dessas situações emblemáticas, em nosso gabinete temos enfrentado esse problema de frente nos últimos meses, e estamos fazendo parte da CPI do transporte público, visando tirar as dúvidas e lacunas de informações das quais nossa população tem carência.

Afinal, para a mobilidade melhorar, o transporte público é o pontapé inicial para isso. A qualidade melhorando trará um número maior de usuários. Não somente por meio da CPI, mas também estamos de total acordo com a implementação do transporte marítimo, além da melhoria constante do serviço viário em nossa capital. Para mudar, primeiro temos que consertar as arestas e, paulatinamente, implementar melhorias básicas. Soluções mágicas ou imediatas não são solução e sim um passo para adiar um problema.

*Claudinei Marques é vereador pelo Republicanos em Florianópolis

 

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