TPM: um avanço no combate à endometriose

O combate à doença ganha um reforço para sua conscientização

Publicado em 19/4/2022 - 08:29

Mais uma cor, o amarelo, é destaque aqui na TPM. Sim, março já passou, mas na semana passada foi destaque quando o assunto foi a saúde da mulher, e ainda mais quando junto, o destaque é uma de nossas republicanas.

Foi sancionada, no último dia 12 de abril, a Lei 14.324, que institui o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, que também estabelece a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. O objetivo da iniciativa é sensibilizar a sociedade para os problemas da doença, por meio da disseminação de informações sobre diagnóstico, tratamento e ações preventivas e terapêuticas na área.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase 180 milhões de mulheres enfrentam a endometriose no mundo. Só no Brasil, a doença afeta cerca de 7 milhões de mulheres, algo como uma a cada dez brasileiras em idade reprodutiva. Levantamento da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) revela ainda que mais de 60% das mulheres desconhecem os sintomas do problema. De 25 a 50% das mulheres inférteis apresentam endometriose e a infertilidade é comum entre 30 a 50% das pacientes com a doença.

Na solenidade de sanção, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a republicana Cristiane Britto, que esteve presente, falou do desafio de ser uma mulher com o diagnóstico de endometriose e de ter participado ativamente da autoria do texto da lei. “É uma alegria e uma honra ter participado da elaboração do texto desta lei que beneficiará milhões de mulheres afetadas por esta doença silenciosa, que provoca dores intensas e que ocasiona a esterilidade na idade produtiva. Promover a saúde e a qualidade de vida da mulher é mais um compromisso do Governo Bolsonaro”, disse Cristiane.

Endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Sintomas

Entre seus sintomas, podem estar, dor em forma de cólica durante o período menstrual que pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais; dor durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação; dificuldade de engravidar. A infertilidade está presente em cerca de 40% das mulheres com endometriose.

Diagnóstico

O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização de biópsia.

Tratamento

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos e fim das menstruações. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação; lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.


Texto: Ascom – Mulheres Republicanas Nacional
Fonte: Associação Brasileira de Endometriose e Agência Senado

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