TPM: empoderamento feminino e os lares chefiados por elas

Percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres saltou de 25%, em 1995, para 45% em 2018

Publicado em 8/12/2020 - 07:50

Brasília (DF) – Hoje, dia 8 de dezembro, é comemorado o Dia da Família. Nas casas brasileiras, a realidade familiar é diversa, já que nesse meio, as mulheres demonstram cada vez mais resiliência e empoderamento, e são responsáveis pelos domicílios, que vem crescendo a cada ano e já chega a 34,4 milhões. Os dados que expõem essa realidade vivida por tantas mulheres são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma dessas é a secretária do Mulheres Republicanas Distrito Federal, Tânia Teixeira. Ela, que desde cedo teve que assumir o seu lar e dar conta dos seus três filhos, conta um pouco mais sobre a experiência. “Chefes de família, verdadeiras provedoras e líderes de seus lares as mulheres têm mudado o rumo da história. Não é fácil ser aceita como líder e provedora e passei por várias situações que me desanimavam de continuar, mas permaneci firme, pois sempre coube a mim os estudos dos três filhos, pagar a maioria das contas, alimentação, lazer e toda a administração da casa e ainda ajudar minha mãe”, explicou sobre multi-jornada.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres saltou de 25%, em 1995, para 45% em 2018, devido, principalmente, ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Para esse empoderamento financeiro, a Tânia defende que o investimentos em capacitação e qualificação são essenciais.

“Eu busquei estudar mais, me qualificar mais e assumi o comando da nossa família. Graças a Deus, deu certo. Filhos criados, com suas vidas independentes e hoje continuo provedora do meu lar e buscando cada vez mais alcançar novos rumos, novos espaços e estar onde acredito ser o meu lugar”, contou.

As 34,4 milhões das responsáveis pelo lar se dividem entre mulheres solteiras com filhos (32%), mulheres que vivem sozinhas (18%) e mulheres que dividem a casa com amigos ou parentes (7%). Esse movimento de independência demonstra que a maioria delas vivem dessa forma não porque foram abandonadas, mas sim porque é um processo de empoderamento feminino que reflete na abertura de oportunidades. “Que as mulheres tomem distância e saltem o mais alto que puderem. Façam o melhor que puderem fazer, só não podemos permitir viver na sombra do talvez”, defendeu Tânia em apoio às diversas famílias chefiadas e lideradas por mulheres.

Texto: Gabbriela Veras / Ascom – Mulheres Republicanas Nacional, com informações do IBGE
Foto: Arquivo – Mulheres Republicanas Nacional

Reportar Erro
Send this to a friend