Deputada estadual Eliana Bayer é autora de lei que amplia a doação de órgãos no RS
Publicado em 27/9/2024 - 08:45
Brasília (DF) – Neste 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, é mais uma data para destacar o trabalho de lideranças republicanas que têm demonstrado grande compromisso com essa pauta, atuando em diferentes frentes para promover a conscientização e facilitar o acesso aos transplantes. No Rio Grande do Sul, a deputada estadual Eliana Bayer (Republicanos) é autora da Lei nº 16.094, sancionada em janeiro deste ano, que institui a Política Estadual de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos. Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lançou uma iniciativa inovadora, o TransplantAR, que promete agilizar o transporte de órgãos no estado.
Além disso, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), líder da bancada do Republicanos na Câmara, é o relator do Projeto de Lei 10733/2018, que trata da doação presumida de órgãos e altera a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. A proposta, que considera todo brasileiro doador, salvo manifestação contrária em vida, ganhou urgência e está pronta para ser analisada pelo Plenário da Casa.
Eliana Bayer ressalta a importância de expandir o debate sobre a doação de órgãos para que mais pessoas se sintam encorajadas a manifestar seu desejo de doar em vida e comunicar essa vontade às suas famílias. “Apesar de termos registrado um aumento significativo de 36% nas doações em 2023 no Rio Grande do Sul, ainda há muitos desafios, especialmente com a recusa familiar. Precisamos continuar falando sobre esse tema para que mais vidas possam ser salvas”, declara Bayer.
Em São Paulo, o TransplantAR Aviação Solidária, lançado pelo governador Tarcísio de Freitas é uma iniciativa que utiliza aeronaves privadas para o transporte gratuito de órgãos, reduzindo drasticamente o tempo de chegada dos órgãos às equipes de transplante. O projeto, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Aviação, visa, principalmente, beneficiar regiões remotas, onde a logística tradicional é mais desafiadora e pode comprometer o sucesso do procedimento.
“Estamos falando de amor. A doação de órgãos é um gesto de solidariedade, e não podemos permitir que esse ato seja perdido por falta de logística”, afirma Tarcísio. O republicano destaca que a rapidez no transporte é um fator essencial para garantir a preservação e o sucesso do transplante, o que torna o TransplantAR uma ferramenta crucial para salvar vidas em São Paulo.
Dados
No primeiro semestre de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) viabilizou 14.352 transplantes em todo o Brasil, superando os 13,9 mil realizados no mesmo período de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os órgãos mais doados estão rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão, além de tecidos como córneas e medula óssea. Apesar desse avanço, um dos grandes desafios para ampliar as doações é a recusa familiar, apontada como o principal obstáculo para a efetivação dos transplantes. De cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar, apenas quatro conseguem realizar a doação, muitas vezes devido à falta de aceitação por parte dos familiares.
Como ser um doador
Para ser tornar um doador de órgãos, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será realizada após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo, que pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que isso não prejudique sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes só poderão doar com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido, que são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão em lista única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes e gerida pela Central de Transplantes de cada estado.
Por Ascom – Mulheres Republicanas Nacional