União da sociedade é essencial para acabar com o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes e mulheres
Publicado em 23/9/2024 - 15:11
Brasília (DF) – Neste 23 de setembro, Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, republicanas de todo o país reforçam o compromisso contra essa atividade criminosa que afeta milhões de pessoas. Trata-se do recrutamento, transporte, transferência ou alojamento de pessoas para fins de exploração sexual, ou trabalhos forçados, recorrendo à ameaça, uso da força, outras formas de coação, rapto, fraude, engano, abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade.
As mulheres e meninas representam 96% das vítimas de exploração sexual no Brasil, conforme estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM), de 2021. A Espanha é o país que mais recebeu as vítimas traficadas do Brasil (56,94%), seguido de Portugal, Itália, Suíça e Suriname.
O tráfico internacional de pessoas é uma realidade lucrativa, envolvendo redes criminosas globais que exploram populações vulneráveis em áreas pobres. A conscientização é essencial para combater esses crimes, afirma a secretária estadual do Mulheres Republicanas São Paulo, deputada federal Maria Rosas. “A prevenção é uma das melhores formas de enfrentamento. Informar crianças e adolescentes pode aumentar as denúncias e a responsabilização dos agressores”, destaca.
A secretária do Mulheres Republicanas Bahia, deputada federal Rogéria Santos, enfatiza que o tráfico de crianças desencadeia outros crimes, como trabalho infantil e exploração sexual. Rogéria também relata a falta de agentes públicos à proteção de crianças em áreas remotas, a exemplo da Ilha de Marajó, e destaca que os parlamentares estão trabalhando para melhorar a legislação e ampliar o orçamento para o combate ao tráfico de pessoas.
A secretária nacional do Mulheres Republicanas, senadora Damares Alves (DF), que também é uma das principais defensoras de crianças e adolescentes, destaca a importância de uma atuação integrada entre a sociedade e o poder público. “Estamos trabalhando no Congresso para aprovar leis mais rígidas contra quem comete crimes contra nossas crianças e adolescentes. Mas, além da legislação, é fundamental que as famílias também façam sua parte, orientando e monitorando o que seus filhos acessam, especialmente na internet, onde muitos criminosos agem”, afirma.
A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto (Republicanos), também ressalta a importância de ações no combate ao tráfico e ao abuso infantil. A republicana esteve à frente do ministério quando a lei do Maio Laranja, por exemplo, foi sancionada. “É uma importante campanha de conscientização, dedicada à prevenção e ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Organizações, governos e indivíduos se mobilizam com o objetivo de propagar informações, promover debates e educar a sociedade sobre como identificar e combater essas violências durante o mês, mas essa prática deve ser contínua”, afirma Britto. Ela enfatiza que a união da sociedade é essencial para acabar com o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes e mulheres, e que o trabalho das republicanas é contínuo e essencial para a construção de um país mais seguro às mulheres, crianças e adolescentes.
Por Ascom – Mulheres Republicanas Nacional