Renata Sene lamenta tentativa de feminicídio e ressalta rede de apoio

Uma mulher ficou ferida após abrir buquê de flores com explosivos em Francisco Morato

Publicado em 8/1/2021 - 11:18 Atualizado em 24/5/2021 - 11:25

Francisco Morato (SP) – Uma mulher, moradora do bairro Jardim Virgínia, está internada na Santa Casa de Misericórdia de Francisco Morato após receber um buquê de flores com uma bomba como presente. A suspeita é que a encomenda tenha sido feita pelo ex-namorado da vítima, que segue em observação. A prefeita da cidade, Renata Sene (Republicanos), lamentou o ocorrido e ressaltou a rede de apoio que o governo local disponibiliza para mulheres que passam pela mesma experiência.

“Como sociedade e poder público, não podemos deixar que situações como essas se tornem normais. A nossa rede de apoio está à disposição para denúncias através do 180 e em Francisco Morato nossa rede está pronta para ajudar. Contate a Delegacia da Defesa da Mulher (11) 4488-7300”, disse a republicana, que tem a bandeira feminina como causa própria.

O filho da vítima contou que a mãe suspeita que a bomba tenha sido entregue por um ex-namorado, pois ele não aceitou o rompimento do relacionamento. Ela terminou o namoro em dezembro de 2020, após descobrir que ele era casado. O caso da moratense expõe uma realidade cruel. Já nos primeiros dias de 2021, já foram registrados no país alguns casos de feminicídio, onde na maioria dos casos, o que os crimes têm em comum, é a não aceitação do fim do relacionamento.

Investimento

Como resposta a esses casos, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, visa investir 6 milhões de reais na implementação de salas de atendimento especializado a mulheres vítimas de violência. A previsão é que os 25 núcleos integrados sejam implementados até o final de 2022. A meta do Ministério é instalar cinco por estado, totalizando 135 unidades de salas especializadas.

As primeiras unidades devem ser construídas em Rio Branco (AC), cidade onde houve explosão no número de feminicídios durante a pandemia, e Campo Grande (MS), onde Damares espera diminuir os índices de violência doméstica. Atualmente, menos de 10% das cidades brasileiras possuem delegacias especializadas no combate à violência doméstica. E menos de 20% têm algum órgão de proteção à mulher.

Texto: Gabbriela Veras / Ascom – Mulheres Republicanas
Foto: Ascom – Republicanos São Paulo

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