Registro de candidatos negros em 2020 é o maior da história eleitoral

Dados são do Tribunal Superior Eleiral e registraram recorde este ano

Publicado em 30/9/2020 - 18:11 Atualizado em 5/10/2020 - 12:07

Brasília (DF) – As Eleições 2020 já são atípicas por si só: pandemia, isolamento social e alteração do calendário eleitoral. Foram muitos ajustes. Dados emitidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que definitivamente a corrida eleitoral deste ano ficará para a história. Pela primeira vez, candidatos negros são a maioria. São cerca de 272 mil pessoas que se consideram negros ou pardos, eles representam 49,9% de todos os concorrentes. Os considerados brancos representam 47,8%.

No time de republicanas que estão participando das eleições como candidatas negras, está a deputada federal Rosangela Gomes. Ela que concorre à Prefeitura de Nova Iguaçu, analisa o atual cenário das dos negros na política. “É satisfatório ver esse crescimento e saber que homens e mulheres negras estão trabalhando por maior representação no parlamento. Eu como mulher negra e atuante na política, confesso que fico ansiosa por ver principalmente mais mulheres da minha raça no setor, uma vez que temos tantos direitos para reivindicar”, disse a republicana que acrescentou: “Nossa representatividade ainda é pouca nas Câmaras Municipais, estaduais e muito menor no Congresso e Senado. Vejo esse dado como uma crescente e tenho certeza que teremos mais de nós eleitos em 15 de novembro”, estimou.

Outra candidata é a secretária do Mulheres Republicanas Ceará, Cássia Vasconcelos, que pleiteia um cargo de vereadora. Além de negra, ela nasceu e foi criada em uma das principais comunidades de Fortaleza, o Poço da Draga. Para Cássia, esse salto é importante para que a sociedade veja a capacidade dos negros e a importância da representatividade nas Casas de Poder.

“É extremamente necessário que as comunidades tenham voz. As pessoas que moram nesses locais, em sua maioria são negras, e passam por situações de descaso, abandono e muito esquecimento dos atuais governantes. Colocar um negro no poder é abrir espaço para que novas pautas sejam debatidas e que as demandas sejam atendidas. Demandas essas que só quem vive na pele sabe”, esclareceu.

Eleições anteriores mostram baixa representatividade

A partir dos dados do TSE é visto que essa crescente acontece. Nas eleições municipais de 2016, por exemplo, mostra que 52,4% dos candidatos eram brancos e 47,8% eram negros, menos da metade. Os dados foram parecidos com os encontrados dois anos depois, nas eleições de 2018. 52,4% dos candidatos eram brancos e 46,6% se consideravam negros.

Texto e ilustração: Ascom – Mulheres Republicanas

 

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