Prêmio Maria Felipa será realizado em Salvador

Capital baiana recebe evento que homenageia mulheres negras que se destacam na luta contra o racismo

Publicado em 15/7/2022 - 13:45

Salvador (BA) – Uma das honrarias mais importantes concedidas às mulheres negras que se destacam na luta pelos direitos dos negros e contra o racismo, o Prêmio Maria Felipa será realizando no próximo dia 25 de julho, a partir das 17H, na Casa do Comércio, em Salvador. O evento marca o Dia Internacional da Mulher Negra, latino-americana e caribenha do Dia Nacional da Mulher Negra e é uma iniciativa da vereadora Ireuda Silva (Republicanos-BA).

A republicana enalteceu a importância da entrega do prêmio para mostrar a luta diária pelos direitos dos negros no Brasil e principalmente, contra o preconceito racial. “A Bahia e o Brasil ainda sofrem com a discriminação racial, que segrega e mutila direitos fundamentais. Nesse contexto tão cruel e que ainda guarda resquícios da escravidão, as mulheres negras são duplamente vitimadas, já que o preconceito tem natureza racial e de gênero. Desse modo, penso que este dia e este prêmio são o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, mostrar que nós mulheres negras estamos aqui e que somos peças fundamentais da história do Brasil e da Bahia” disse Ireuda.

Neste ano, serão homenageadas, entre outras: as empresárias Madá Negrif e Carla Verena; as jornalistas Salcy Lima, da Record TV, Cynthia Martins, âncora da TV Band Brasil; e Naiara Oliveira; a vereadora de Salvador Laina Pretas; advogada Patrícia de Carvalho; a defensora dos direitos das mulheres negras – ONU, Kenia Maria; a procuradora-geral de Porto Seguro (BA), Magaly de Souza Menez, e a coordenadora de Infância e Juventude de Salvador, Dinsjani Pereira.

Quem foi Maria Felipa?

Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica (BA) e participou da luta pela Independência da Bahia.

Em 1823, liderou um grupo com mais de 200 pessoas composto por índios tupinambás e tapuias e mulheres negras nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam o local. Segundo a história, o grupo foi responsável pela destruição de pelo menos 40 embarcações portuguesas queimadas.

Texto: Ascom – vereadora Ireuda Silva
Fotos: cedida

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