Encontro aconteceu em parceria com o PRB Mulher de Santa Catarina
Publicado em 28/12/2018 - 00:00 Atualizado em 24/5/2021 - 11:29
Balneário Camboriú (SC) – O PRB Mulher de Balneário Camboriú promoveu, semana passada, um encontro para falar sobre o feminicídio. O assunto desperta a atenção de todos, tendo em vista os números crescentes de violência contra as mulheres no país.
O evento contou com a presença da fundadora da primeira casa de acolhimento para mulheres vítimas de agressão do município, Márcia Francisco Magalhães, que reforçou a importância de debater o assunto.
Ela lembrou que na época em que a casa foi criada ainda não existia a Lei Maria da Penha, o que dificultava os registros e a prisão dos agressores. “Hoje as mulheres têm mais informações e leis a favor, logo, a decisão de denunciar é o primeiro passo para mudar de vida”, disse.
Já a coordenadora do PRB Mulher de Balneário Camboriú, Isabel Cristina Flehr, afirmou que o processo de vulnerabilidade em que muitas mulheres se encontram, por conta da violência, impede que elas se libertem do ciclo de agressão. “A falsa crença de que o parceiro irá mudar o comportamento faz com que muitas mulheres desistam de levar a denúncia adiante. É importante que a mulher tenha consciência da situação de violência que vive para que tome uma atitude. Sem respeito não existe relação saudável”, relatou.
O encontro também contou com a presença da coordenadora municipal do PRB Mulher de Florianópolis e vice coordenadora estadual do PRB Mulher Santa Catarina, Adriane Nagel, e a palestrante coach e emotional trainer, Laura Porto, que falou sobre a forma como situações de violência afetam a mulher não somente na parte física, mas em seu interior, afetando sua parte psíquica e emocional.
De acordo com a Rede Catarina de Proteção à Mulher da Polícia Militar, no primeiro semestre de 2018 ocorreram 22 feminicídios no estado. A PM atendeu a 10,6 mil chamados ao número 190 por violência doméstica, lavraram 8,7 mil boletins e fizeram 3,7 mil prisões. Foram 135 prisões em flagrante por descumprimento de medida protetiva de urgência entre os meses de abril e julho.
Texto e foto: Ascom – PRB Mulher Santa Catarina
Edição: Agência PRB Mulher