Mulheres se destacam nas olimpíadas de Tóquio e batem o recorde de medalhas

A deputada federal Rosangela Gomes, que é autora de leis que resguardam os direitos das mulheres no esporte, fala sobre a participação delas nas olimpíadas

Publicado em 10/8/2021 - 08:00

Brasília (DF) – Com o fim das Olimpíadas de Tóquio, no último dia 08, a festa mundial do esporte ficou marcada pela participação brilhante das mulheres. Neste ano, 48,8% dos participantes nas Olimpíadas foram mulheres. As atletas brasileiras tiveram o melhor desempenho em todas as olimpíadas que participaram. Elas subiram no pódio nove vezes, e esse número equivale a 41% do total das 21 medalhas conquistadas pelo Brasil. O maior número de medalhas por atletas femininas tinha sido em Pequim, 2008, quando as nossas meninas levaram sete medalhas.

A ginasta Rebeca Andrade, ganhou duas medalhas na Ginástica Olímpica; Martine Grael e Kahena Kunze, conquistaram o ouro e o bicampeonato olímpico na vela; a nadadora Ana Marcela Cunha, conquistou seu primeiro ouro; Rayssa Leal, contribuiu com a medalha de prata no skate; Luisa Stefani e Laura Pigossi, de 27 anos, fizeram história no tênis brasileiro olímpico, conquistando uma medalha de bronze inédita para o Brasil; a boxeadora Bia Ferreira se tornou a primeira brasileira a chegar a uma final da modalidade, obtendo uma medalha de prata, assim como a seleção feminina de vôlei.

A deputada Rosangela Gomes, que tem como bandeira a igualdade entre homens e mulheres, luta para que suas leis voltadas para a paridade e mais respeito no esporte, já aprovadas na Câmara dos Deputados (CD), sejam sancionadas pela presidência. Rosangela é autora da lei 321/21 que garante à mulher igualdade nos valores de premiações em competições esportivas e do projeto que prevê multa por atos contra mulheres em eventos esportivos.

A republicana parabenizou a participação de excelência das mulheres e aponta que os números e o desempenho delas só mostram que, cada vez mais, as mulheres vêm crescendo e mostrando sua competência e que estamos no caminho certo pedindo a paridade de direitos no esporte e mais respeito com a gente nos ambientes esportivos. “Embora a presença das mulheres em eventos esportivos tenha aumentado, ainda são comuns as manifestações caracterizadas por machismo, assédio e intolerância. Não se pode mais conceber a discriminação contra a mulher. É necessário garantir os seus direitos, estimular cada vez mais a sua participação em igualdade de condições com o homem, valorizando-a e apoiando-a cada vez mais”, disse a parlamentar.

Lana Miranda (Republicanos-DF), dez vezes Campeã Mundial e 20 vezes Campeã Brasileira no futevôlei, com 25 anos de carreira, afirma que a inclusão de mais mulheres no esporte é muito importante e diz que esses resultados em Tóquio for graças ao empenho de cada mulher e que isso é visível.

“A cada olimpíada a representatividade das mulheres vem crescendo, elas vêm se dedicando mais e mais. Mulheres sempre estiveram nas olimpíadas e no esporte e sempre ganharam medalhas, mas desta vez para o Brasil, foi nítido que as mulheres se destacaram mais do que os homens no quadro de medalhas e isso representa a força das mulheres. Nós já viemos lutando a cada dia para isso, como já disse, independente disso somos atletas e com dedicação sabemos que podemos chegar no pódio máximo, que é uma medalha. Eu, como mulher, fico muito feliz com esses resultados, deixando o rótulo de que só ficamos em casa e hoje, além de termos nosso compromisso com a casa e família, ainda somos capazes de trazer medalhas e títulos nos esportes. Isso é muito importante para a gente, essas olimpíadas vieram representar muitas coisas e essa inclusão do número de mulheres no esporte foi superimportante”, disse a campeã.

As mulheres nas Olímpiadas

Em 2000, em Sidney, participaram das olimpíadas 111 homens e 94 mulheres (46% do total). As brasileiras trouxeram quatro das 12 medalhas vencidas pelo Brasil naquele ano, ou 33%.

Em Atenas em 2004, elas representaram quase metade dos atletas brasileiros: 125 homens e 122 mulheres (49%). Já no quadro de medalhas, conquistaram apenas duas das 10 (20%).

Em Pequim, quatro anos depois, elas melhoraram o desempenho. Representando 48% do total (133 mulheres e 144 homens), conquistaram sete de 17 medalhas, ou 41%. Em Londres, em 2012, foram 123 mulheres (47% do total), responsáveis por seis das 17 medalhas (35%).

No Rio, em 2016, foram 209 mulheres, ou 45% do total de 465. As mulheres levaram cinco das 19 medalhas brasileiras, ou 26%. Já em Tóquio, foram 140 mulheres, totalizando 48,8% dos participantes da delegação brasileira nas Olimpíadas são mulheres. Elas subiram no pódio nove vezes, e esse número equivale a 41% do total das 21 medalhas conquistadas pelo Brasil.

Fonte: Agência Câmara dos Deputados/Agência Brasil
Texto: Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Foto: Crédito Jonne Roriz/COB

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