Mulheres são as maiores vítimas do tráfico de pessoas

MMFDH lançou campanha para coibir o tráfico de pessoas e a exploração sexual

Publicado em 2/8/2020 - 08:30

Brasília (DF) – No último dia 30 de julho, foi celebrado o Dia Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. A data foi criada por meio da Lei nº 13.344 de 2016, que visa coibir, com campanhas socioeducativas, por exemplo, este tipo de crime. Porém, a data trouxe uma realidade assustadora. De acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, 72% das vítimas de tráfico de pessoas, trabalho escravo e exploração sexual são mulheres.

Mulheres são as maiores vítimas do tráfico de pessoasO órgão realizou uma verdadeira força-tarefa: a Semana de Mobilização para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas 2020, Com lives e webinários, o ministério falou sobre medidas de proteção e precaução.

Para a secretária nacional do Mulheres Republicanas, deputada federal Rosangela Gomes (Republicanos-RJ), o assunto ainda é desconhecido por muitos. “A campanha de conscientização da ministra Damares Alves é extremamente necessária, a maior arma contra o tráfico de pessoas é a informação”, concluiu.

Em uma das ações da campanha, na live, a ministra Damares falou sobre o cuidado que a sociedade deve ter com aqueles que são vulneráveis. “O tráfico de pessoas existe, é real e inaceitável. São inúmeras violações aos direitos humanos que precisamos urgentemente combater dentro dessa temática. O Ministério não vai se calar diante desse desafio. O número de mulheres vítimas é enorme, mas precisamos cuidar também das crianças e dos vulneráveis que são alvos fáceis dos criminosos”, disse.

De acordo com o Relatório Global sobre o Tráfico de Pessoas de 2018, as principais finalidades do tráfico de pessoas no mundo são para a exploração sexual ou para o trabalho forçado. Dessas vítimas, 49% são mulheres, 23% meninas, 21% homens e 7% meninos.

Mulheres são as maiores vítimas do tráfico de pessoasPara a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto (Republicanos), mais um agravante facilita a ação de criminosos: a crise financeira. “Estudos demonstram que mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, principalmente econômica, têm mais chances de cair em uma situação de tráfico. A informação é um instrumento maravilhoso para que elas não caiam nessa rede criminosa”, esclareceu.

Como forma de diminuir essa realidade, a Secretaria Nacional de Política para as Mulheres lançou uma cartilha intitulada “Coração Azul – conhecer para prevenir”. Acesse o documento aqui. Caso você seja ou conheça alguma vítima de tráfico de pessoas, denuncie. A Central de Atendimento à Mulher, Disque 180 e o Disque Direitos Humanos, Disque 100, estão disponíveis para orientação.

Texto: Gabbriela Veras / Ascom Mulheres Republicanas, com informações do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
Foto destaque: Freepik

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