O movimento se reuniu de forma virtual para falar da evolução feminina na política
Publicado em 26/2/2021 - 08:12
Fortaleza (CE) – O Mulheres Republicanas Ceará realizou, na quarta-feira (24), uma live sobre a conquista do voto feminino, data celebrada no dia escolhido pelo movimento feminino do partido. A secretária estadual Cássia Vasconcelos convocou um verdadeiro time para falar sobre o tema e, principalmente, sobre a evolução da mulher no cenário político.
A líder do movimento feminino cearense falou sobre a proatividade da mulher na política. “Nós mulheres, hoje em dia, não queremos só decidir quem irá governar e assumir as cadeiras das casas de poder. Hoje queremos também representar o povo. Então além de comemorar o voto feminino, temos que usar a data para analisar a abertura que esses espaços dão para nós mulheres”, defendeu.
Outra participação importante na live foi a da secretária do Mulheres Republicanas Fortaleza, Shirley Pinheiro, que falou sobre o marco da data: “Estamos comemorando os 89 anos da conquista do voto feminino. É importante levar sempre essa conscientização da mulher nas esferas políticas. Eu vejo essa conquista do voto, como a garantia dos nossos direitos. Hoje podemos votar e também ser votadas. Nós mulheres não podemos deixar que essa conquista pare por aqui, devemos avançar e incentivar outras mulheres a correrem conosco”, defendeu.
Uma das convidadas da ocasião foi a vereadora Tatiana Nogueira, eleita pelo Republicanos em 2020. Ela quis sensibilizar o público que estava assistindo, para a causa feminina. “Aqui em Horizonte sou eu e mais uma outra vereadora, apenas. A mulher tem um papel importante nas casas de poder. Quando o clima começa a esquentar nas sessões eu entro e tento apaziguar a situação para que o debate seja limpo e justo. Por isso é tão importante a participação da mulher nas esferas de poder. Esse é o nosso diferencial”, contou.
Como forma de contribuir com o debate, o presidente do Republicanos Ceará, vereador Ronaldo Martins, agradeceu o empenho das participantes e deixou claro a satisfação de ver o movimento unido e crescendo. “É uma satisfação saber que as mulheres republicanas estão contribuindo sempre para o nosso partido. É importante que todos saibam que o nosso time está trabalhando em conjunto”, finalizou.
Voto feminino
Há apenas 89 anos, as mulheres nem sequer participavam da vida política do país, uma vez que eram proibidas de votar. Somente em 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino; todavia, esse direito era concedido apenas às mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para viúvas com renda própria. Essas limitações deixaram de existir apenas em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.
Esse cenário não era exclusividade do Brasil. Na França, por exemplo, o voto feminino se tornou realidade em 1944 e, na Suíça, em 1971. No Brasil, no entanto, a bandeira das mulheres pelo direito de votar e de serem votadas teve início décadas antes, pelo menos desde 1891, quando foi apresentada proposta de emenda à Constituição brasileira que trazia essa prerrogativa. A proposta, contudo, foi rejeitada.
O tema ganhou ainda mais força no início do século XX, a partir da política feminina na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Essa atuação organizada e estratégica inspirou outras mulheres no mundo todo. A internacionalização do movimento, conhecido como sufragista, favoreceu a conquista do voto feminino em diversos países. O Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil passou a ser comemorado a partir de 2015, com a promulgação da Lei nº 13.086.
Texto: Gabbriela Veras | Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Informações: Tribunal Superior Eleitoral
Foto: divulgação