Nas redes sociais, os Movimentos promovem a campanha: Ser Jovem 10 é ter consciência e informação para viver uma fase de cada vez!
Publicado em 27/1/2025 - 13:10
Brasília (DF) – Na última semana deste mês, que contempla o dia 1º de fevereiro, o Mulheres Republicanas dedica à campanha de prevenção da gravidez na adolescência, instituída pela Lei nº 13.798/2.019, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência de gestações precoces, uma questão que ainda desafia o Brasil.
Apesar de uma redução de 19% nos índices de gravidez na adolescência entre 2019 e 2022, o país segue registrando números preocupantes. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2020, cerca de 380 mil partos foram de mães com até 19 anos, correspondendo a 14% de todos os nascimentos. A maior concentração ocorreu nas regiões Norte (21,3%) e Nordeste (16,9%), seguidas pelo Centro-Oeste (13,5%), Sudeste (11%) e Sul (10,5%).
Impactos da gravidez precoce
Os efeitos da gravidez na adolescência vão além do impacto individual, afetando também a sociedade como um todo. Jovens mães enfrentam desafios que comprometem o acesso à educação e a oportunidades no mercado de trabalho, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade. Além disso, estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a gravidez em adolescentes menores de 15 anos é associada a maiores riscos de mortalidade materna e infantil, bem como a complicações como pré-eclâmpsia, partos prematuros e anemia.
Segundo o Ministério da Saúde, jovens de 15 a 19 anos têm duas vezes mais risco de mortes relacionadas à gravidez ou parto em comparação com mulheres de 20 anos ou mais. Para aquelas com menos de 15 anos, o risco é cinco vezes maior. Filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e enfrentam uma taxa de mortalidade infantil até três vezes maior no primeiro ano de vida.
Ações preventivas e defesa da juventude
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), secretária nacional do Mulheres Republicanas, defende a retomada de políticas públicas que promovam a prevenção da iniciação sexual precoce como forma de proteger os jovens. Durante sua gestão como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares implementou protocolos de diálogo ampliado com os adolescentes sobre os riscos da iniciação sexual precoce e métodos contraceptivos, iniciativas que contribuíram para a redução dos índices de gravidez precoce no Brasil.
Damares lamenta a interrupção dessas políticas e reforça a importância de permitir que adolescentes vivam plenamente essa fase da vida de maneira informada e protegida: “Tudo o que queremos é que o adolescente viva a plenitude dessa fase da vida tão importante na formação dele e que faça tudo a seu tempo, sem qualquer pressão social”.
Parceria e mobilização
Neste ano, o Mulheres Republicanas uniu forças com o Jovens Republicanos para promoverem uma campanha nas redes sociais com o mote “Ser Jovem 10 é ter consciência e informação para viver uma fase de cada vez!”. A iniciativa busca conscientizar de forma acessível e alinhada com a linguagem da juventude, abordando a questão de maneira educativa e próxima da realidade dos adolescentes.
No último domingo (26), a senadora Damares divulgou um vídeo reforçando a importância da campanha nacional de prevenção à gravidez precoce. Em sua mensagem, direcionada especialmente aos jovens, Damares enfatizou que “tem tempo para tudo. Tem tempo para estudar, tempo para trabalhar, tempo para engravidar”. Ela fez um apelo direto aos jovens republicanos, incentivando a prevenção e destacando a responsabilidade nas decisões sobre sexualidade: “Prevenção e consciência é 10”.
Com o apoio das redes sociais e de lideranças dos Movimentos, a campanha dissemina informações preventivas e estimula os jovens a refletirem sobre as consequências e responsabilidades associadas à gravidez precoce.
Por Ascom – Mulheres Republicanas Nacional