Mulher, você tem valor: a dona da casa

Os desafios de conciliar os afazeres domésticos com as demais responsabilidades

Publicado em 18/3/2021 - 08:00

Brasília (DF) – Que as mulheres exercem várias funções na sociedade não é nenhuma novidade. Porém, além do trabalho fora, do cuidado com os filhos e as demais responsabilidades, muitas ainda têm que lidar com a realidade dos afazeres domésticos. A ocupação “dona de casa” é uma das principais nos lares brasileiros, porém segue em declínio, visto que as mulheres estão cada vez mais interessadas em pertencer à parcela da população economicamente ativa.

A secretária do Mulheres Republicanas São Paulo capital, Zuleika Ferreira, é uma dessas mulheres de garra. Sempre por dentro das suas responsabilidades, ela não se esquiva quando o assunto é superação e evolução. Mas apesar disso, ela conta que já foi muito subestimada. “A sociedade é padronizada, metódica e cheia de preconceitos, já colocaram em questão a minha capacidade de gerir um lar, de prover uma família com segurança, de dar uma boa educação ao meu filho. Me magoei, mas como esse sentimento menor não me abre portas, engoli o choro e continuo a lutar”, diz.

Junto com o filho de 14 anos, Pedro Paulo, ela conta que tem uma rotina agitada, cheia de compromissos, mas muito gratificante por conseguir participar ativamente da criação do jovem. “Sempre que posso me faço presente, o busco no colégio, nos treinos de basquete ou o levo para realizar alguma outra atividade. É sempre uma correria, mas adoro isso. Quero aproveitar e curtir enquanto ele ainda precisa dos meus cuidados e são esses momentos mais difíceis e corridos que nos fazem fortes. O meu maior prêmio é me olhar no espelho e dizer para mim mesma, que mulher incrível você se tornou! ”, conclui.

Mulheres Donas de Casa

De acordo com o Datafolha, a população que se declarava “dona de casa” tem caído desde 1994. Naquela época, 19% das mulheres se encaixavam nessa ocupação. Porém, atualmente, essa parcela caiu para 7%. Especialistas acreditam que o padrão é que o declínio desse segmento seja cada vez mais forte, uma vez que elas estão mais interessadas na independência financeira e no pertencimento da população economicamente ativa. Paralelamente a esses dados está a participação feminina no mercado de trabalho, que está em torno dos 45%. O dado ainda expõe a realidade de muitas: as duplas e às vezes triplas jornadas de trabalho que se dividem entre os afazeres domésticos e o expediente fora de casa.

Texto: Gabbriela Veras | Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Informações: Datafolha
Foto: Arquivo Pessoal

 

Reportar Erro
Send this to a friend