Mulher, você tem valor

No mês da mulher, o Mulheres Republicanas revela a identidade de mães, chefes de família e políticas

Publicado em 4/3/2021 - 08:00 Atualizado em 5/3/2021 - 11:52

Brasília (DF) – Março já é conhecido pelo mês da mulher. A data, que oficialmente é comemorada no dia 8 de março, traz a importância de revelar a identidade de mulheres fortes, capacitadas e donas de suas próprias histórias. Na campanha do movimento feminino do Republicanos, “Mulher, você tem valor” serão abordadas histórias de mulheres que exercem multifunções em prol das suas famílias e vidas públicas.  Nesta primeira matéria especial, a pauta trata sobre mulher que é chefe de família, com a história de uma republicana que faz a diferença.

Daniela Oliveira é moradora de Feira de Santana (BA), tem 37 anos e disputou na eleição passada, um cargo na vereança da cidade. Os desafios na vida de Daniela começaram quando ela ainda era criança. Vítima de abuso sexual e mais tarde de violência doméstica, a republicana não se deixou parar diante das dificuldades. Ela conta um pouco da gravidez que mudou a vida da família. “Estava à beira de uma separação quando tive minha filha Renatinha (que atualmente tem 14 anos). Foi uma gravidez um pouco complicada e a chegada dessa filha mudaria de forma total nossas vidas”.

Por muitas vezes Daniela questionava a sua capacidade. Capacidade de ser mãe de duas crianças diferentes, de dar conta da rotina sozinha e de criar seres humanos do bem. “O momento mais importante da minha vida foi quando, aos quatro meses de vida de Renatinha, tive o diagnóstico completo dela. Tomei noção da complexidade de sua deficiência e ao mesmo tempo a preocupação com meu filho Renato. E eu tinha que dar conta sim pois sou uma mulher forte que não entrega os pontos de jeito nenhum”.

Renatinha adquiriu uma deficiência no parto, uma paralisia cerebral severa por falta de oxigênio. Hoje a rotina da família é voltada à menina e às suas necessidades. Daniela sustenta sozinha os dois filhos e fala dos desafios e das delícias de ser protagonista da própria história.

“Lidar com o preconceito por ser divorciada, mãe de uma criança com necessidades especiais e chefe de família é algo rotineiro, mas não me deixo levar por julgamento alheio.  Algumas pessoas veem o lado positivo, que mesmo sendo mãe solo dou conta do recado muito bem. Renato, meu filho mais velho, é um superamigo, ele passou em duas universidades com 18 anos e nunca me deu trabalho. Me incentivou a fazer faculdade, estudar e me valorizar como pessoa”, contou.

Por fim, Daniela deixa uma mensagem de incentivo, força e esperança para quem está pensando em desistir ou para quem passa pela mesma situação. “Não se deixe abater por nada! Não dê ouvidos às pessoas negativas que tentam diminuir e desvalorizar a nós mulheres, mães chefes de nossas famílias, essas pessoas com toda certeza não dariam conta de metade do que enfrentamos todos os dias. Se valorizem, busquem conhecimento, estudem, leiam e mantenham-se ativas. Busque seus objetivos, lute pelos seus direitos e, por fim, seja mulher de valor forte”, finalizou.

Texto: Gabbriela Veras | Ascom- Mulheres Republicanas Nacional
Foto: Arquivo Pessoal

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