Ireuda propõe pena mínima de 20 anos para quem cometer feminicídio

Indicação foi feita ao presidente Jair Bolsonaro

Publicado em 7/1/2021 - 08:00 Atualizado em 24/5/2021 - 11:26

Salvador (BA) – Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) apresentou projeto de indicação ao presidente Jair Bolsonaro em que sugere a ampliação da pena mínima para quem comete feminicídio de 12 para 20 anos. Segundo a republicana, a pena atual não tem surtido o efeito esperado no sentido de coibir o cometimento desse tipo de crime.

“Considerando que a pena arbitrada é ineficiente perante a tipificação do crime, o feminicídio, com pena mínima de reclusão de 12 anos e pena máxima de 30 anos, tornou-se irrisório mediante as estatísticas apresentadas, além disso, precisa-se colocar em prática a função da pena, reprovação e a prevenção do crime através da penalização devida do infrator, o que não tem ocorrido”, explicou a republicana.

O projeto ressalta ainda “que o cenário de agressão a mulher no país é estarrecedor, não há objeção sobre a necessidade de ampliar os meios de coibição dos casos de feminicídio aumentado a pena mínima para 20 anos, dessa forma, para que se evite a prática delitiva, intimide com a aplicação penal os demais cidadãos, e assim, cessem os ilícitos”.

Nesta semana, Ireuda chamou a atenção para a escalada do número de feminicídios na Bahia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), até novembro de 2020, foram registradas 100 ocorrências, apenas uma menos do que em todo o ano de 2019. “Tudo indica que nosso estado fechará o ano com um número de feminicídios ainda maior do que no ano passado. Em parte, isso é resultado de algo sobre o qual venho alertando há meses: com o isolamento social provocado pela pandemia, as mulheres ficaram confinadas em casa com seus companheiros violentos. É muito provável que a maioria dessas mulheres assassinadas já sofriam agressões há muito tempo. Por isso sempre defendemos a importância da denúncia, da ampliação de medidas protetivas e de um maior engajamento de familiares, amigos, vizinhos e da sociedade como um todo. Não podemos mais ficar à mercê”, disse a republicana.

Texto e foto: Ascom – vereadora Ireuda Silva

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