Ireuda discute dificuldades para mulheres surdas denunciarem casos de violência

Salvador (BA) – Como as mulheres com deficiência auditiva podem denunciar após serem vítimas de violência? Esse foi o tema do programa “Forte por Ser Mulher” desta quinta-feira (3), transmitido nas redes sociais da vereadora Ireuda Silva (Republicanos). Durante a edição, a republicana conversou com a professora de libras Laiza Rebouças, que é surda. O

Publicado em 4/9/2020 - 18:27

Salvador (BA) – Como as mulheres com deficiência auditiva podem denunciar após serem vítimas de violência? Esse foi o tema do programa “Forte por Ser Mulher” desta quinta-feira (3), transmitido nas redes sociais da vereadora Ireuda Silva (Republicanos). Durante a edição, a republicana conversou com a professora de libras Laiza Rebouças, que é surda.

O programa recebeu diversos comentários e interações dos espectadores, que pediram dicas e orientações. “As mulheres surdas, quando vítimas de algum tipo de violência, seja em casa ou em qualquer outro lugar, enfrentam grande dificuldade para procurar ajuda. Infelizmente, quase não se pensa nem se discute sobre isso, invisibilizando o problema e o tornando ainda mais difícil”, diz Ireuda.

Uma das estratégias utilizadas por mulheres surdas para sinalizarem que estão sendo vítimas de violência é uma marca não mão, cores ou esboçar um sinal específico. “Mas se ninguém souber o que isso significa, como virá a ajuda?”, questionou Laiza, em libras, com tradução simultânea.

Outro problema apontado é um mais recente e que afetou a vida das pessoas em diversos âmbitos: a pandemia do novo coronavírus, que levou ao distanciamento social e dificultou a comunicação.

“Há uma restrição de compreensão dentro do âmbito social. E com a covid ficou muito mais difícil. No normal já é complicado. Quando o funcionário é preparado para isso, ele tem um olhar diferenciado, então o primeiro sinal ele já entende. Mas quando isso não acontece, é muito complicado. Aí vem a covid que já nos afastou”, pontuou Ireuda.

A republicana defendeu ainda mais capacitação nos órgãos públicos de atendimento à mulher. Hospitais, postos de saúde e, sobretudo delegacias da mulher nem sempre têm profissionais formados em libras. “A Lei Maria da Penha veio para atender todas as mulheres, sem estabelecer qualquer tipo de discriminação. Portanto, é dever das autoridades e do poder público investir em inclusão. Caso contrário, estaremos assumindo o risco de perdermos ainda mais vidas de mulheres”, disse Ireuda.

Texto e foto: Ascom – vereadora Ireuda Silva

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