Vereadora Professora Ana Lúcia defende a importância de garantir o acesso a vagas de creches desde a primeira infância, com profissionais capacitados
Publicado em 14/11/2024 - 14:37
Brasília (DF) – Em um cenário onde a educação básica ainda enfrenta grandes desafios, republicanas têm atuado, em todo o país, com iniciativas para garantir uma alfabetização de qualidade e ampliar a inclusão digital nas escolas. Com o Dia Nacional da Alfabetização celebrado nesta quinta-feira, 14 de novembro, lideranças republicanas reforçam seu compromisso com a formação de uma geração mais instruída e inclusiva.
Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o índice de analfabetismo no Brasil apresentou leve redução, passando de 5,6% para 5,4% da população em 2023. No entanto, o país ainda possui 9,3 milhões de analfabetos, sendo que 8,3 milhões têm mais de 40 anos. Essa realidade reforça a necessidade urgente de políticas públicas que promovam o acesso à alfabetização e às ferramentas tecnológicas essenciais para o aprendizado.
A secretária do Mulheres Republicanas Pernambuco, vereadora de Recife, Professora Ana Lúcia, acredita que a alfabetização deve começar na educação infantil, respeitando o “tempo certo” de cada etapa do desenvolvimento cognitivo. “Precisamos trabalhar a alfabetização desde a educação infantil, sem queimar etapas, respeitando toda a história cognitiva dessa criança”, afirma. Ela defende a importância de garantir o acesso a vagas de creches desde a primeira infância, com profissionais capacitados. “Na educação infantil, envolve-se todo o processo do cuidar e do educar. Então, a primeira coisa é essa”, destaca.
Dados da Pnad também mostram que, em 2023, 63,7% das crianças de 0 a 1 ano e 55,4% das crianças de 2 a 3 anos não frequentavam creche, não apenas por opção dos responsáveis, mas, também, por falta de vagas. Além disso, no Nordeste, apenas 5,9% dos bebês de 0 a 1 ano estavam em creches, embora as taxas de matrículas para crianças de 2 a 5 anos na região estejam acima da média nacional.
Ana Lúcia enfatiza o papel das famílias e da sociedade civil no acompanhamento das crianças. “A sociedade civil tem o papel de garantir o acesso, a permanência e o acompanhamento dentro das unidades de ensino”, reforça. A vereadora também defende melhorias na infraestrutura escolar, como acessibilidade, climatização e merenda de qualidade. “Quando fortalecemos a alimentação e a saúde da criança, o resultado na aprendizagem é muito mais positivo”, explica.
Inclusão digital nas escolas: uma prioridade
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também secretária nacional do Mulheres Republicanas, destaca a importância da inclusão digital para combater a evasão escolar e melhorar a qualidade do ensino. Relatora do Projeto de Lei nº 4.538/2020, que institui o Programa Nacional de Inclusão Digital para a Educação Básica, Damares acredita que essa política pública pode transformar o ensino em áreas carentes. O projeto, aprovado recentemente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, segue agora para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática.
Destinado a estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o programa propõe o uso do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) para financiar a inclusão digital. “Com esse programa, vamos incluir os excluídos. Imaginem o que passam hoje os estudantes das áreas rurais, das comunidades isoladas do Norte do país, das áreas indígenas e também das periferias. Nós temos esse recurso e temos que usá-lo para manter essa criança e esse adolescente na escola”, afirmou Damares.
A exclusão digital ficou evidente durante a pandemia, quando 54% dos estudantes das classes D e E acompanharam as aulas remotas apenas pelo celular, e 36% enfrentaram dificuldades devido à falta ou baixa qualidade da internet. A evasão escolar entre jovens de 15 a 29 anos foi motivada principalmente pelo trabalho (45%), seguido pela falta de interesse (23%) e afazeres domésticos (15%), com uma grande disparidade entre homens e mulheres nesse último motivo. Menos de 1% dos homens abandonaram os estudos para trabalho não remunerado, enquanto 36% das mulheres apontaram essa razão.
“Educação é a base para transformar o Brasil. Nossa luta é para que todas as crianças tenham a oportunidade de aprender no tempo certo, com o apoio que precisam para construir seu futuro”, conclui Ana Lúcia.
Por Ascom – Mulheres Republicanas Nacional