Descomplica a legislação: O posicionamento da mulher no poder político

Artigo escrito pro Virginia Souza, especialista em Direito Eleitoral , Civil e Processual Civil do Mulheres Republicanas Nacional 

Publicado em 4/3/2022 - 15:01 Atualizado em 14/3/2022 - 15:12

Dra. Virginia Souza/Foto: Arquivo pessoal

Olá, mulheres republicanas!

Primeiramente, parabéns a todas pela luta diária e incessante de vocês para se manterem em meio a tanta discriminação para com todas nós, e assim continuarem levando a voz feminina por todo nosso Brasil.

Me chamo Virginia Souza, sou advogada e atuo há algum tempinho na esfera do direito eleitoral, e venho de uma história também com o Direito Civil e Constitucional. Mas, o cenário político brasileiro, hoje, necessitou que mais advogados acabassem entrando neste universo, ante tantas modificações ocorridas e automaticamente o aumento de demandas.

Busco ajudar da melhor forma nossas queridas republicanas, no seu dia-a-dia, neste ano de eleições. Quero  atender a todas com muito carinho e darei o máximo que eu puder para poder sempre atendê-las.

Trago neste primeiro de tantos outros artigos, sempre às sextas-feiras, um pouco da realidade dos últimos anos, onde o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade,  carreira, que vem sendo discutidos amplamente na sociedade e ganhando espaço no cenário político nacional.

A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas últimas décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.

Irei trazer para vocês, temas relacionados a estas questões, e tentar de alguma forma, fazer com que pensemos de forma mais ampla e irrestrita no lugar que devemos, como mulheres, ocupar no poder político.

Esse cenário reverbera até os presentes dias, pois historicamente isso acontece devido a exclusão da mulher em ocupar cargos, em terem voz não só na política, mas em sua própria vida pessoal, onde era tratada como uma “propriedade” e não um ser humano capaz de ter ideias, pensar, executar e até governar uma nação. Não à toa, até hoje, comparativamente, temos uma representatividade baixa no cenário político brasileiro, até mesmo mundial.

Para termos uma noção clara dessa baixa representatividade em 2021, apenas 22 de 193 países possuíam mulheres como chefe de governo, e apenas 9 também eram chefes de estado. O que demonstra claramente, um cenário de mulher com o máximo poder político em uma faixa de 11,5% de representação feminina.

Foram tantas conquistas já obtidas ao longo das décadas que não podemos esmorecer jamais! Até a última gota de cada suor derramado por tantas antes, por tantas ainda hoje e por aquelas que ainda virão, devemos lutar para a ocupação de mais mulheres nas bancadas e no Executivo.

Na próxima semana, continuaremos nosso bate-papo, e buscarei mais conteúdos dentro do direito eleitoral de defesa/direito/deveres de todas as mulheres brasileiras que merecem um lugar especial, para que possamos cada vez mais direitos reconhecidos e abraçados pela sociedade, em geral.

Dra. Virginia Souza
Especialista em Direito Eleitoral , Civil e Processual Civil do Mulheres Republicanas Nacional 

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