Dados sobre violência policial são divulgados pelo Ministério da Mulher

Dados sobre violência policial são divulgados pelo Ministério da Mulher

Os números de 2019 mostram leve redução em comparação com ano de 2018

Publicado em 29/6/2020 - 16:24

Brasília (DF) – Tornaram-se públicos no final deste mês, os dados sobre a violência policial no país, de acordo com as denúncias registradas pelo canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o Disque 100. A divulgação dos números foi feita pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), liderado pela ministra Damares Alves.

O relatório, feito com base na mesma metodologia das gestões anteriores, mostra que no ano de 2019 foram registrados cerca de 1.491 casos da violência e aponta uma queda em relação ao ano anterior, que contabilizou 1.641 casos.

São Paulo, a metrópole mais populosa do Brasil, está em primeiro lugar no índice de estados com mais queixas de violência policial, seguido de Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro. Segundo as estatísticas, os tipos de violência mais recorrentes foram o de negligência, violência física, institucional e psicológica.

Cassia Vasconcelos, secretária estadual do Mulheres Republicanas Ceará (Foto cedida)

Cassia Vasconcelos, secretária estadual do Mulheres Republicanas Ceará, comentou a respeito do caso: “Acho que acima de tudo tem que haver o respeito pelo próximo. As abordagens que vemos hoje em dia são cheias de preconceito, infelizmente. O policial tem que estar ali para proteger”.

Em 2019, o deputado federal Julio Cesar (Republicanos – DF) propôs que os policiais com histórico de violência contra a mulher percam o porte de armas e sejam afastados de seu cargo. “Percebemos que muitos casos vêm de um de um policial que teria o dever de nos guardar e acaba cometendo um crime passional. A ideia veio no sentido de coibir o policial que teve um boletim de ocorrência registrado contra ele. De imediato, o delegado que investiga o caso deverá comunicar a situação à corporação do suspeito para que o agente deixe de utilizar o porte de arma até que esteja apto”, explicou o deputado republicano.

O documento divulgado pelo Ministério também traz dados sobre o perfil das vítimas, incluindo faixa etária, sexo, identidade de gênero e cor. Foi constatado que a maioria delas tinham entre 18 e 24 anos, 29,4% do número total dos casos de violência foram contra pessoas pretas ou pardas e 16,88% foram contra as mulheres. Você pode acessar o relatório na íntegra clicando aqui.

Texto: Elisa Costa / Ascom – Mulheres Republicanas
Foto destaque: Freepik

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