2021 pede mais tolerância e amor ao próximo

Na última semana de 2020, criança com deficiência é alvo de comentários preconceituosos na internet

Publicado em 31/12/2020 - 07:50

Brasília (DF) – 2020 não foi um ano difícil somente por causa da batalha mundial que todas as nações tiveram que travar contra a pandemia do coronavírus. O ano, infelizmente, foi marcado por inúmeros casos de racismo, preconceito e episódios de violência que gerou revolta e indignação. A última semana de 2020 ainda foi marcado por mais um caso de desrespeito. Luiza Vitória, uma menina de 8 anos que tem um tipo raro de nanismo, postou um vídeo dançando e foi alvo de comentários maldosos e preconceituosos.

A mãe da menina, a jornalista Gisele Rocha, conta que imediatamente começou a denunciar as agressões dentro do próprio aplicativo a fim de dar um basta nas atitudes preconceituosas. Gisele ainda conta que o comportamento já era esperado, mas que não deixa isso atingir a filha: “Infelizmente, por falta de informação e amor ao próximo, ainda passamos por essas situações de ódio gratuito. Por isso, luto para que minha filha passe por isso sem que ela seja abalada. Qualquer tipo de preconceito é abominável e precisamos falar sobre isso. Eu poderia ficar quieta e abafar, mas muitas pessoas ainda não sabem lidar com essa situação”, defendeu.

Após a série de denúncias feita pela jornalista, o aplicativo de vídeo baniu a conta usada pela garota. “O aplicativo me puniu por denunciar os agressores. Minha conta foi banida por violar as ‘regras’. Luiza foi agredida e pagamos o pato. Os criminosos continuaram com suas contas e a nossa foi banida”, disse Gisele. A responsável pela criança conta ainda que registrou um Boletim de Ocorrência que ressalta o fato da criança ter sofrido preconceito por ser deficiente.

Republicanas contra a violência

A luta contra o preconceito é uma das causas republicanas. No nosso parlamento quem levanta a bandeira da pessoa com deficiência com orgulho é a deputada federal Maria Rosas (Republicanos), que está à frente de diversos projetos que visam aumentar a acessibilidade e diminuir a distância que a ponte do preconceito constrói.

“Eu defendo a ideia das pessoas com deficiência, os direitos dessas pessoas. Nós temos essa bandeira para defender a todas essas pessoas que precisam ter voz, políticas públicas e que venham realmente trazer a elas essa resposta que elas tanto precisam. Precisamos acabar com o preconceito e os obstáculos que essa parcela tão significativa da sociedade enfrenta”, disse a republicana, que é a segunda vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.

Texto: Gabbriela Veras | Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Foto: divulgação

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