Republicanos firmam parceria com grupo espanhol para desenvolvimento da maricultura

Eduardo Lopes e Vicenildo Medeiros estiveram no município de Casimiro de Abreu, onde se reuniram com o grupo espanhol sócio da empresa Mexilhões Sudeste Brasil (MSB)

Publicado em 2/2/2019 - 00:00 Atualizado em 15/7/2020 - 16:07

Casimiro de Abreu (RJ) – O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro, Eduardo Lopes (PRB), esteve, semana passada, em Casimiro de Abreu, reunido com o grupo espanhol sócio da empresa Mexilhões Sudeste Brasil (MSB), acompanhado do presidente da Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro), Vicenildo Medeiros (PRB), do prefeito Paulo Dames e de especialistas do setor.

Republicanos firmam parceria com grupo espanhol para desenvolvimento da maricultura no RJ

O objetivo foi anunciar parcerias entre a secretaria e a MSB e a criação de projetos visando ao desenvolvimento econômico e social da região, especialmente das colônias de pescadores artesanais.

De acordo com Eduardo Lopes, o grupo trará a tecnologia necessária para a produção das sementes de mexilhão e pretende não apenas colaborar para o crescimento econômico da região, como também permitir o desenvolvimento social que atenda às necessidades das colônias e associações de pescadores artesanais.

Em Casimiro de Abreu, a MSB se comprometeu em promover assistência aos pescadores, com a criação de salas de creche para promoção de cursos de aperfeiçoamento, recuperação da área pesqueira local, que está abandonada, criação de fábrica de gelo e câmara frigorífica, além de um cais para viabilizar a atracação de barcos sem custos ao pescador artesanal.

“A questão social será a base de nosso comprometimento em Casimiro de Abreu. A esposa do pescador artesanal, por exemplo, poderá trabalhar na empresa. Isso ajudará na renda da família. A previsão é que sejam criados, inicialmente, 500 empregos diretos e outros 1,5 mil indiretos. Os investimentos iniciais estão em torno de R$ 50 milhões, mas a estimativa é ultrapassar os R$ 300 milhões em todo o projeto”, afirmou Lopes.

Além dos prefeitos de Casimiro de Abreu, Paulo Dames, e de Cabo Frio, Adriano Moreno, também participaram do encontro o coordenador Federal da Pesca RJ, Jaime Marinho, o sócio-presidente da MSB, Segundo Lago, o diretor administrativo, José Manuel Perez Diaz, o diretor jurídico, Rafael Perez Diaz, e demais especialistas, e representantes de colônias e associações de pescadores artesanais.

Para o presidente da Fiperj, Vicenildo Medeiros, o Estado do Rio de Janeiro deve avançar muito na maricultura. “Esta região, onde será implementada a sede de produção de mexilhões, já produz, mas em pequena escala. A nossa parceria é para fazer com que esta indústria avance de forma significativa. O investimento é alto, mas trará desenvolvimento econômico, vai ajudar os pescadores artesanais com laboratório para assistência técnica e qualidade do produto, enfim, é um ganho positivo para todo o Estado”, disse.

O projeto de maricultura da MSB, pioneiro no país, será instalado em Cabo Frio, com investimentos em torno de R$ 500 milhões, em três anos, e produção estimada de 17 mil toneladas, atendendo especialmente o Rio de Janeiro, São Paulo e demais estados, se houver capacidade de produção para atender a demanda. A chamada Fazenda do Mexilhão, localizada em Cabo Frio, com cerca de 800 hectares de extensão e concedida à Seappa pela União, deverá ser utilizada para este fim. De acordo com o grupo espanhol, a iniciativa da produção de mexilhões conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

“Investimos cerca de US$ 3 milhões para desenvolver o projeto. A área de Cabo Frio é rica em nutrientes e por isso possibilita a criação de moluscos, sobretudo de mexilhões. No primeiro ano, começaremos com cerca de duas mil toneladas, no segundo seis mil. Faremos produção de frescos e processados, que seguramente poderão ser exportados. Temos projetos internacionais bem-sucedidos, os mexilhões são consumidos em todo o mundo. A ideia é, em cinco anos, chegarmos a 30 mil toneladas”, explicou o sócio presidente da Mexilhões Sudeste Brasil, Segundo Lago.

A empresa irá criar ainda um selo de controle de qualidade, o “Mexilhão de Cabo Frio”, que certificará o molusco produzido, processado e elaborado na região. Dessa forma os consumidores poderão identificar a qualidade do produto.

Para o prefeito de Casimiro de Abreu, o laboratório chega em um ótimo momento, principalmente porque a área, onde irá funcionar, estava abandonada, trazendo diversos prejuízos para o local. “Esperamos que estas parcerias realmente tragam mais emprego, renda e desenvolvimento de nossa cidade”, concluiu o prefeito.

Texto e fotos: Ascom – Seappa

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