GO: Polícia Civil prende quadrilha internacional de tráfico de drogas

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda (PRB), associação criminosa era especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro

Publicado em 10/8/2019 - 00:00 Atualizado em 29/6/2020 - 18:22

Goiânia (GO) – A Polícia Civil, por meio do Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), desarticulou uma associação criminosa especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Seis pessoas foram presas. Os policiais também apreenderam dois jatos executivos, um helicóptero, R$ 571 mil reais em espécie, 11 veículos, um jet ski e 13 relógios de luxo. O caso foi apresentado na sexta-feira (9).

As investigações tiveram início após o desaparecimento do piloto Bruce Lee Carvalho dos Santos, depois de pilotar um avião até a Colômbia. Foi constatado que ele e outros pilotos goianos foram contratados pela quadrilha para trazer drogas da Bolívia, Colômbia e Peru para Goiás.

Conforme apurado, os pilotos faziam manobras arriscadas e modificavam as aeronaves para que a autonomia fosse aumentada e o reabastecimento de combustível era feito durante o próprio voo. Os aviões voavam em altitudes mais baixas para fugir do controle aéreo e ficavam com equipamentos de localização desligados.

De Goiás, os entorpecentes eram despachados para países, como Alemanha, Bélgica, França e Holanda. Diversos artifícios eram utilizados para que as drogas chegassem na Europa. “Eles escondiam tudo em produtos destinados à exportação, como granito e mármore, que são materiais pesados. Isso facilitava para que o objetivo deles fosse atingido”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Odair José Soares.

Os membros da quadrilha, comandada por um holandês radicado no Brasil, ostentavam luxo em viagens para destinos, como Dubai e Ilhas Maldivas. Eles viviam em casas em condomínios fechados e tinham diversos carros de luxo. A demonstração de riqueza era tão grande que existem registros na imprensa de que o helicóptero apreendido chegou a pousar em um lote baldio, em Palmas, no Tocantins, para que os ocupantes comprassem gelo para uma festa. Parte da associação era responsável por utilizar empresas para dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido com a atividade criminosa.

As prisões foram efetuadas em Goiânia e cidades de outros estados, como Santana do Paranaíba, em São Paulo, e São Félix do Xingu, no Pará. Foram cumpridos, ainda, 20 mandados de busca e apreensão.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda (PRB), o grupo atuava há vários anos. “A movimentação financeira era enorme. Estamos falando de milhões de dólares. Um dos aviões apreendidos, que era utilizado para lazer dos suspeitos, custa cerca de R$ 10 milhões”, revelou.

O titular da SSP também destacou a mudança de patamar das forças policiais goianas em termos de investigação. “É a segunda quadrilha internacional de tráfico de drogas apresentada em menos de uma semana. A Polícia Civil tem atuado com ações de muita inteligência e compartilhamento de informações. Isso é fundamental para que a criminalidade seja combatida com cada vez mais força”, disse.

O governador Ronaldo Caiado também participou da apresentação do caso. Segundo ele, a corporação, mais uma vez, demonstra que é referência para todo o Brasil. “Trata-se de uma das maiores operações da história da Polícia Civil. Nossos policiais têm agido com muita inteligência e eficiente. O resultado está sendo visto no grande número de quadrilhas desarticuladas e na redução dos indicadores criminais. Vamos continuar trabalhando de forma integrada para vencer os criminosos”, elogiou.

Texto e foto: Ascom – Secretaria de Segurança Pública de Goiás
Edição: Agência PRB Nacional

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