CPI das Universidades ouve presidente da FundUnesp

Para o presidente da CPI, deputado estadual Wellington Moura (Republicanos-SP), convênio entre a fundação e Unesp pode ter irregularidades

Publicado em 12/9/2019 - 00:00 Atualizado em 29/6/2020 - 09:22

São Paulo (SP) – A CPI das Universidades Públicas, presidida na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pelo deputado estadual Wellington Moura (Republicanos-SP), ouviu na manhã de quarta-feira (11), o professor Edson Luiz Furtado, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (FundUnesp).

Na ocasião, Furtado afirmou que a fundação não recebe verba do governo para desenvolver pesquisas, porém, disse que recebe recursos da Unesp. Para o presidente da CPI, isso configura repasse de forma indireta. “A FundUnesp hoje depende em cerca de 50% do seu orçamento do repasse de verba feito pela Unesp que, por sua vez, recebe recursos do Governo por meio do ICMS”, destacou Wellington Moura.

Um outro ponto levantado pelo parlamentar durante a oitiva foi sobre os funcionários da Unesp que fazem pesquisa por meio da fundação e ganham valores considerados absurdos para isso, além do salário que já recebem da universidade. O site da fundação não especifica como essa transação é feita.

“A CPI está buscando a transparência, como está sendo utilizado o dinheiro público pelas universidades públicas paulistas. É um valor de 9,57% do ICM repassado, mais de R$ 10 bilhões. De que forma a parte que cabe à Unesp está sendo aplicada? A FundUnesp disse que recebe por meio de convênio, mas não há clareza sobre isso, não há transparência”, afirmou o presidente da comissão.

Ficou definido durante a reunião que a fundação terá o prazo de 10 dias para apresentar os nomes dos funcionários da Unesp que fazem pesquisa pela instituição e de que forma isso ocorre, se estão ao mesmo tempo ocupando o cargo que têm na universidade, recebendo por isso, e ganhando também para fazer pesquisa.

O reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini, que já foi ouvido pela CPI no dia 19 de junho, deverá ser ouvido novamente no dia 9 de outubro, para esclarecer, entre outras coisas, sobre esse convênio da universidade com a fundação.

Na próxima segunda-feira (16), a comissão ouvirá o presidente da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp), Antonio Vargas de Oliveira Figueira. Na quarta-feira (18), será a vez do presidente da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (FunCamp), Fernando Peregrino.

Os trabalhos da CPI se encerram no dia 9 de novembro.

Texto e foto: Ascom – deputado estadual Wellington Moura

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