Segundo o deputado, com a crise econômica que assola o país, e os índices de desempregos cada vez mais elevados, há a necessidade de uma postura mais austera do governo.
Publicado em 3/5/2019 - 00:00 Atualizado em 8/7/2020 - 17:59
Rio de Janeiro (RJ) – Em reunião da Comissão de Cultura na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na última terça-feira (30), o deputado estadual Carlos Macedo (PRB-RJ) colocou em debate um importante tema para o fomento da Cultura no Rio de Janeiro: como investir o dinheiro público e aplicá-lo corretamente em obras e(ou) conteúdos culturais sem interferência política e sem promover algum tipo de ativismo?
Segundo o deputado, com a crise econômica que assola o país, e os índices de desempregos cada vez mais elevados, há a necessidade de uma postura mais austera do governo. Isso inclui a destinação de verbas para a cultura em projetos mais abrangentes, que atenda a todos os tipos de público. “A opção deve sempre recair sobre o material que atinja todo tipo de público, de forma genérica e não apenas atender a um ou outro grupo especifico”, disse.
O parlamentar ressaltou que se faz necessária uma uma reflexão do poder público, quanto a subsidiar expressões culturais que evidenciem o prevalecimento de posicionamentos socio-economico-cultural muito segmentados. “Não é função do poder público julgar a ideologia da obra. Isso seria censurar. Por se tratar de uma sociedade consolidada democraticamente, caberia à inciativa privada patrocinar qualquer manifestação artística ou cultural, tenha ela o conceito ou o teor que tiver”, ressaltou.
Para Carlos Macedo, o momento econômico requer que, o uso da verba destinada à Cultura no Rio de Janeiro, sejam destinados a projetos que alcancem o maior número possível de espectadores, de todos os perfis. “Sou a favor de qualquer tipo de ativismo ou manifestação social. Sou a favor que as pessoas defendam e divulguem seus posicionamentos, se assim o desejarem. O que estamos colocando em debate é quanto ao uso da verba pública para esse fim”, declarou o parlamentar, salientando que acredita no poder transformador da cultura e que a pluralidade de opiniões não deve interferir no desenvolvimento de uma sociedade justa e pacífica.
“A cultura é a identidade dos povos”, concluiu.
Texto e foto: Ascom – deputado estadual Carlos Macedo